IBIUNENSES ESTÃO DE “SACO CHEIO” DA MESMICE DOS POLÍTICOS

Todos sabemos que os políticos quando estão em campanha, com raríssimas exceções, fazem promessas para conquistar votos do povo que não cumprem depois que assumem os cargos, seja no Poder Executivo ou no Legislativo.

Não é à toa que eles tenham uma imagem pública tão negativa perante a opinião pública, como acontece no município de Ibiúna.

Em Ibiúna há uma tendência à mesmice na tradição histórica dos políticos que se reflete diretamente nas obras e nos serviços públicos invariavelmente com baixa qualidade no desempenho dos sucessivos chefes do Executivo.

Até hoje, e se passaram vinte anos, o município não corresponde à denominação de ser uma estância turística, ainda que sua beleza natural seja reconhecida, por falta de competência e/ou vontade política dos seus governantes.

Nada há até agora que tenha sido elaborado pelo poder público local que justifique título de “estância turística” que a torna beneficiária de recursos do governo estadual para o desenvolvimento do turismo.

Mas chegamos a um ponto em que chega a ser um luxo falar em turismo, porque tudo que se verifica nos últimos anos, especialmente no que diz respeito ao governo atual, tem sido alvo de retumbante repúdio por parte da população, em relação a tudo que é de competência do Executivo Municipal.

Nada funciona a contento nos setores de saúde pública, campeã de reclamações populares, junto com as estradas esburacadas, falta de coleta de lixo adequada, um terminal rodoviário considerado uma excrescência urbana, devido ao seu estado de abandono, problemas de segurança, falta de iluminação pública em muitos lugares, de empregabilidade, e falta de transparência da prefeitura em relação aos fatos que lhe são adversos.

Em suma, a população parece claramente estar de “saco cheio” do seu governante e não vê a hora de a eleição chegar, a 4 de outubro próximo, para manifestar sua vontade política nas urnas.

A questão que se coloca nesta altura diz respeito às qualificações dos pretendentes a concorrer tanto ao cargo de prefeito e vice, quanto de vereadores, do ponto de vista de competência e da ética, já que um dos principais desejos dos eleitores, aparentemente, é que os postulantes sejam pessoas honestas, amem a cidade e respeitem seu povo.

Nesta altura, e estamos a sete meses das eleições, as coisas estão sendo articuladas em segredo, se percebe claramente a mesmice na visão dos políticos.

Eles estão fazendo exatamente aquilo que sempre foi feito com o objetivo de seduzir os eleitores: promessas, promessas, promessas e, lá adiante, os candidatos e seus aliados farão de tudo para obter votos, incluindo coisas sujas de variadas formas de compra de votos.

Talvez, a partir de agosto, possa surgir uma face que incorpore a nova esperança da população, a relacionada ao atual governo terminou e criou um sentimento de repulsa notório, em torno de algo que se possa chamar de diferente. Precisamos de candidatos diferentes e não dos mesmos, muitos dos quais já ocuparam ou ocupam funções executivas e legislativas e provocaram imensa frustração popular.

Aqueles que vierem a ser eleitos para ocupar a cadeira do Executivo ou do Legislativo não precisarão fazer milagres. Bastará que ajam com responsabilidade, transparência, clareza e realizem suas atividades com o objetivo de promover bem-estar à população.

Por último, mas não menos importante, seria relevante acabar com o hábito dos governantes de deixar, para seus sucessores, no caso do Executivo, uma herança de dívidas milionárias e um acúmulo de contratações feitas com objetivos eleitorais. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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