PERSONA – MARIANA GIANCOLI DESCOBRIU COMO LIDAR COM O MEDO

Os dicionários indicam que a palavra medo significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer.  Com relação a ao âmbito social e cultural, o medo faz parte da construção do carácter de uma pessoa ou de uma organização social. Nos aspectos mais primitivos, o medo provoca uma situação de ataque ou fuga, a pessoa fica sem saber o que fazer. Não há quem não sinta medo, a questão é como lidar ele.

Por que estamos falando isso nesta coluna PERSONA? Simples. Nossa convidada desta vez é a jornalista Mariana Giancoli, natural de Sorocaba, que veio com a família para Ibiúna quando tinha pouco mais de três anos. Leia a maneira corajosa e livre como ela se expressa ao responder as perguntas.

Há cerca de dois anos, ela se tornou terapeuta e atende em seu consultório em Ibiúna. E foi exatamente o medo que sentiu em determinado momento de sua vida que a impulsionou a ir em busca da libertação. Ela mostra como se livrou do medo e como passou a levar a vida de maneira mais equilibrada, serena e consciente, ainda que continue a ter que enfrentar os problemas que afetam a existência de todas as pessoas.

Quem é Mariana Giancoli?

Tenho 38 anos, sou brasileira, profissional, mãe, esposa, filha, amiga e uma cidadã que gosta de contribuir. Acima de tudo, sou uma pessoa que vive intensamente todos os dias, consciente das minhas responsabilidades e sempre na busca pelo autodesenvolvimento. Em 1985, minha família mudou-se para Ibiúna acompanhando meu pai, soldado da Polícia Militar, que foi transferido. Aos 27, casei com Luiz Fernando e tivemos dois filhos: Gustavo e Guilherme, com 8 e 5 anos, respectivamente.

Quando e onde nasceu?

Nasci em 26 de junho de 1982, em Sorocaba, onde morei até os 3 anos.

O que chamou sua atenção para se tornar jornalista (onde estudou, que trabalhos jornalísticos realizou em Ibiúna).

Eu sempre gostei da área de comunicação. Gosto de me comunicar de qualquer maneira, sobretudo, escrevendo. Tenho real prazer em abrir uma folha em branco no Word e escrever até vê-la preenchida. Quando prestei vestibular, encontrei no Jornalismo uma forma de fazer do meu hobby uma profissão e me formei pela Universidade de Sorocaba. No início, trabalhei como repórter no Jornal do Povo e depois como assessora de imprensa da Cetril, durante 7 anos. Fiz minha pós-graduação em Marketing, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e, na sequência, uma especialização em Marketing Internacional pela University of La Verne, na Califórnia. Trabalhei durante 2 anos em uma multinacional em São Paulo e atuei por um curto período como assessora de imprensa da prefeitura de Ibiúna. Logo assumi o departamento de marketing da rede São Roque Supermercados, onde trabalho há 8 anos.

Quem são seus pais?

Sou filha da Diva e do Aparício, professora e policial militar aposentados. Ambos contribuíram muito com suas carreiras na educação e na segurança do município. Além de participação ativa em outras funções, como membros da Igreja Presbiteriana Independente de Ibiúna e nas ações sociais.

Que lembranças você tem de Ibiúna em sua infância e como vê a cidade atualmente?

Quando mudamos para Ibiúna, fomos morar na casa de zeladoria que fica no quintal da escola Maria Angerami Scalamandré, durante seis anos. As distrações da infância só me permitiam ver o espaço imenso para andar de bicicleta, com quadras, cantina, pátio e área verde. Eu vivia em meio ao paraíso e chegava muito rápido à sala de aula, já que morava no quintal da escola. Ali eu estudei até o Ensino Médio. Embora não tenha nascido aqui, Ibiúna é minha cidade do coração. Até hoje gosto de sair nas ruas e encontrar pessoas que admiro para conversar. Amo participar dos eventos tradicionais da cidade (ausentes por enquanto), prestigiar os acontecimentos e viver aqui com a minha família. É o local onde construí minha história, fiz amizades e desenvolvi meu trabalho. Se um dia eu me mudar, Ibiúna continuará sendo meu lar. 

O que mudou (foi pra melhor)?

A comparação do passado com o presente é delicada. Confesso que sempre esperei ver a cidade de outra maneira: mais arrumada, mais desenvolvida, sendo uma referência no Estado e até no país. Confiei meu voto em administradores que já passaram pelo poder e me frustrei ao descobrir que não tinham essa visão, tampouco, amor pela população. Porém, não me envolvo com a política e nem me considero capaz de opinar sobre ela. Sou positiva e penso que sempre há tempo de evoluir. É isso que espero daqueles que estão na gestão da nossa cidade atualmente. 

O que te motivou a se tornar uma terapeuta?

Decidi atuar no campo da terapia porque acredito que todo ser humano merece descobrir a capacidade que tem em se aperfeiçoar. Atuo com a intenção de oferecer uma contribuição e não somente como fonte de renda. Eu ouço, converso e ensino, sem academicismo, o uso de ferramentas mentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Faço isso porque quero viver em um mundo onde todos sintam-se capazes, seguros e felizes.

Que cursos você fez e qual é a modalidade do seu trabalho?

Sempre gostei de ler sobre desenvolvimento pessoal e há muitos anos estudo a mente humana. Decidi voltar à sala de aula para ter um título e começar a atender. Para isso, me formei em Programação Neurolinguística, como Master Practitioner. Logo em seguida em Hipnoterapia para aplicar as técnicas de PNL durante uma sessão de hipnose e também pelo Keynote Speaker Program para ministrar aulas e palestras sobre esse conteúdo. Todos os certificados foram pelo Instituto Elsever, em São Paulo.

Quem mais procura sua clínica: homens ou mulheres?

Atendo todos os gêneros e a maior procura atualmente é de mulheres.

Você está se dedicando em tempo integral à clínica?

Não. Eu trabalho no departamento de comunicação e marketing do São Roque Supermercados de segunda a sexta-feira e atendo na clínica aos sábados ou após o expediente. Não fiz uma transição de carreira, até porque a PNL é também uma ferramenta de comunicação. Então eu concilio as atividades e consigo utilizá-la no trabalho com alguns setores e lideranças da empresa. Além disso, nas horas vagas, realizo palestras, aulas online ou lives sobre PNL.

O que a PNL mostrou para você que se tornou sua ferramenta de trabalho?

Há muitos anos, eu olhei para mim e me vi com medo. Comecei o processo me acolhendo e reconhecendo as causas deste problema. Estudei, investi tempo, dinheiro e energia para melhorar. Então, descobri a PNL e ela me libertou. Eu mudei e sai do lugar onde estava para ocupar um novo espaço mental, totalmente ilimitado. Em seguida, já segura a respeito da minha real capacidade, identifiquei o mesmo sentimento em outras pessoas: o medo que tinham do fracasso, a ausência de informação e a dor ao verem oportunidades passando sem que nada fosse feito. Compreendi que meu propósito era usar minhas experiências para melhorar a realidade de quem ainda vive naquele mesmo lugarzinho onde minha mente habitou por anos. Atendo como terapeuta, usando técnicas de PNL, sessões de hipnose e meditações guiadas. Mesmo formada em marketing e comunicação social, confesso que não fiz nenhuma ação para promover meu nome. Despretensiosamente, atendi uma pessoa, depois outra, aí outra e, quando percebi, minha agenda aos sábados estava tomada de atendimentos. A propaganda boca a boca foi um recurso a meu favor e sou muito feliz em ajudar as pessoas que me procuram. Essa é a forma que encontrei de oferecer saúde mental para quem não tem esse tipo de informação. É o meu momento de ensinar uma nova maneira de viver a vida com fluidez e autodomínio. Se o mundo onde desejo habitar é um mundo onde as pessoas conheçam o poder deste órgão chamado cérebro, então esse é meu papel: o de proporcionar experiências que demonstrem este poder.

Na sua percepção que problemas são mais frequentes por parte das pessoas que procuram por seus serviços?

São várias as questões que levam uma pessoa a um atendimento. Não costumo mensurar os principais motivos. Minha pergunta inicial é sempre a mesma: o que você deseja melhorar? Alguns respondem que querem sair de uma depressão, outros querem ser menos ansiosos, ainda há os sobrecarregados de stress, com problemas de insônia, de obesidade, relacionamentos, vícios, traumas do passado ou inseguranças. A mente é moldável e se desenvolve por meio das experiências que vivemos. A PNL é ampla e oferece recursos para alterar as estruturas de comportamentos negativos. É a busca pela reprogramação que leva uma pessoa a atingir melhores resultados.

Você tem um canal na internet em que fala sobre seu método terapêutico?

– Youtube (www.youtube.com/channel/UCvaA6v6HZNbY_T3f8wbvO2g)

– Blog “Mundo de Mariana” (https://mundodemarianadotblog.wordpress.com/)

– Instagram (www.instagram.com/marianagiancoli/)

– Facebook (www.facebook.com/marigiancoli)

– Atendimento no Espaço Saúde e Movimento, localizado na Rua José Cipriano de Freitas, 68, centro, Ibiúna/SP.

– Contato para agendamentos: (15) 3248-4315 | (15) 99815-1527

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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