IBIÚNA – DER INFORMA QUE IRÁ PUBLICAR EDITAL PARA CONCLUSÃO DA BUNJIRO NAKAO NO FIM DE AGOSTO

Questionado por vitrine online, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER-SP informa que “deverá publicar o edital para os dois últimos lotes da duplicação da Rodovia Bunjiro Nakao (SP-250) até o fim do mês de agosto”.

A obra de duplicação, que está paralisada desde janeiro de 2022, somente será retomada quando o governo contratar a empresa que irá substituir a construtora Heleno & Fonseca [em 2017, havia fechado um contrato no montante de R$ 221, 4 milhões], que vinha executando esse serviço até ser interrompido. Ou seja: a data do recomeço ainda é imprevisível.

As obras de duplicação da SP-250 foram divididas em três lotes. O primeiro, do quilômetro 45,2 ao 48,7, em Vargem Grande Paulista, foi concluído e está entregue à população. Para os demais lotes – informa o DER – “foi necessário readequar o projeto em razão da falta de acordo para desapropriações, que resultou em ações judiciais”. E acrescenta:

“Enquanto a licitação não é concluída, o DER segue com os serviços de conservação e sinalização na via para manter a segurança e trafegabilidade para os usuários. A via está sinalizada.”

Trecho em frente ao Patrimônio do Carmo, onde o governador Geraldo Alckmin assinou a ordem de serviço para início da obra em 21 de dezembro de 2017, com a presença de vários políticos ibiunenses e da região

OUTRA JUSTIFICATIVA

Em maio deste ano, no entanto, respondendo a outra indagação da vitrine online, o DER-SP informou outra causa para a paralisação da obra:

“As obras de duplicação da SP-250 foram suspensas temporariamente para ajuste de cronograma da empresa executora. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) já determinou que esta readequação seja realizada de forma mais rápida possível para a retomada das obras.”

Vitrine online já havia tentado saber a causa da paralisação junto à própria Heleno & Fonseca, mas até hoje não obteve retorno. Apurou, no entanto, ouvindo outras fontes, que a razão de fundo eram problemas de custos operacionais que a empresa teria apontado, razão por que teria tentado obter um ajuste financeiro aparentemente não obtido.

A duplicação da rodovia recebeu financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – Bird.

Das passarelas previstas somente foi cocluída uma, em Vargem Grande Paulista [trecho 1, concluído]. As demais se encontram inacabadas como esta no bairro de Votorantim, em Ibiúna.

LONGO TEMPO

A história recente da duplicação da Rodovia Bunjiro Nakao começou no início da década de 2010. Há registros pelo menos desde 2013 em torno desse projeto que abrange uma extensão de 28,75 km, de Vargem Grande Paulista até um pouco além do centro da cidade de Ibiúna, em direção a Piedade.

A obra vinha sendo reivindicada sobretudo porque a rodovia passou a receber um volume de tráfego de 13.000 veículos/dia na década passada, com a ocorrência de muitas ocorrências graves. Em uma década, de 2010 a 2017, 94 pessoas haviam morrido em acidentes na via.

Trecho próximo ao Colinas: tudo por fazer

No encerramento do último Congresso Estadual dos Municípios os vereadores ibiunenses ostentaram uma faixa com letras grandes: “IBIÚNA PEDE SOCORRO”, com o objetivo de chamar a atenção do governo estadual para essa causa, que continua preocupante.

O trâmite jurídico-burocrático, no entanto, parece estar além desse tipo de manifestação. Autoridades do Executivo também fizeram postagens, não raro ancoradas em prestígio político de deputados, que se encontram em campanha para reeleição, agradecendo pela ajuda para acelerar a retomada da duplicação. Mas a palavra final está com o DER-SP. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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