A MALDIÇÃO DO PADRE E A POLÍTICA IBIUNENSE
Dizem que um padre, no ano de 1919, ao ser expulso da cidade, tendo até mesmo levado uma chibatada, lançou uma maldição: bradou aos céus que o município não iria para frente por 100 anos.
A boa notícia, que nos foi transmitida pelo historiador José Gomes Linense, é que o prazo de validade desse anátema já venceu e a cidade está livre dessa praga desde 2019. Graças a Deus!
Mas, desafortunadamente, não se libertou até hoje de alguns maus políticos que, por serem irreverentes, certamente causam danos reais ao povo por meio de suas condutas repreensíveis.
Um padre, de nome Cido, argumenta em favor dos sacerdotes:
“Se a praga não cabe bem a nenhuma pessoa, muito mais ainda na boca de um padre que foi chamado por Deus para ser sacerdote e profeta do Deus de amor e ser bom pastor do povo, à imitação de Cristo, o Bom Pastor.” E completa:
“O padre foi chamado por Deus para aconselhar, repreender se preciso, educar na fé, conduzir as pessoas a Deus, abençoar em nome de Deus. Assim, não há sentido alguém que Deus amou com um amor de predileção se deixar levar pelo ódio e desejar algo ruim a alguém, não é mesmo?”
Mas, quem se atreveria defender a reputação de alguns políticos pelos males que lançam sobre a vida de milhares de pessoas, de cujos bolsos, na forma de impostos, se regalam com as benesses das quais se valem com atos escusos e furtivos, e em interesse próprio com uma voracidade insaciável.
Mentem quando proclamam que fazem isto ou aquilo para gerar bem-estar à população, mas, na realidade, estão se promovendo à custa, sobretudo, da parcela mais humilde e desinformada, desprovida de conhecimentos para reconhecer seus direitos.
Lidam com o dinheiro público como se fosse objeto para uso privado. São especialistas em fazer malabarismos ou magias para ocultar manobras sorrateiras, como se o povo fosse demasiadamente ingênuo para percebê-las.
Como, felizmente, estamos livres da folclórica maldição do padre, surge a esperança de que aquela população humilde e silenciosa, e sensível às desavergonhadas promessas de políticos cabotinos, esteja despertando para uma realidade da qual está exausta.
Talvez estejam cansados de eleger sempre os mesmos e de verificar que nada muda e tudo continua na mesma, sem o progresso e o conforto que esperam e que não vêm.
No dia 6 de outubro, portanto daqui a 9 meses, terão a oportunidade de manifestar o desejo de que possa haver uma mudança verdadeira, uma renovação dos atores políticos que, talvez, possam representá-los de maneira mais digna.
De modo mais chulo, pode se dizer que o povo está de saco cheio de décadas de estagnação e nada de progresso efetivamente socializado. (C.R.)
