IBIÚNA – VONTADE DE MUDANÇA DOS ELEITORES SERÁ CONHECIDA AMANHÃ

Quem acompanha os fatos reais com objetividade em Ibiúna, do ponto de vista de sua população, e puser a mão na consciência, votará pela mudança, pois, do contrário, correrá o risco, mais uma vez, de arrepender-se.

Por isso, é preciso crer e dar oportunidade aos novos candidatos porque eles, homens e mulheres, representam a renovação da  esperança de um futuro próspero e melhor.

A tendência relacionada ao desejo de mudança não é produto de ficção, mas resultado de uma escuta sensível de centenas de ibiunenses, em diferentes espaços públicos da cidade.

O cenário observado inclui poderosos que vêm ocupando cargos públicos há muitos anos, tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo.

Há razões de sobra para compreender essa posição do eleitorado.

Ela pode se resumir na lembrança de como o povo foi submetido, nesse período em que a falta de transparência foi predominante, às decisões e atitudes das autoridades tomadas no interior de gabinetes impenetráveis.

Na prática, as ações se refletiram naturalmente na qualidade dos serviços prestados à população nos setores da saúde, da educação, da segurança pública, das estradas, do transporte, do meio ambiente, do suporte aos agricultores, sobretudo os pequenos produtores, na maneira de tratar os cidadãos.

É oportuno destacar a cumplicidade da maioria dos vereadores nos atos do Executivo durante todo o atual mandato.

Grande parte deles procurou se promover em estradas de terra eternamente precárias, onde caminhões descarregavam pedras, ou durante entrega de veículos doados pelo estado à prefeitura, para citar dois exemplos. Participavam das poses para fotografias.

Comportaram-se desse modo, aparentemente, como se essa fosse a forma de prestigiar seus mandatos, cuja missão essencial é fiscalizar e cobrar o Executivo, a fim de impedir ou evitar ações que possam causar evasão de recursos nos cofres públicos, nutridos pelo dinheiro do povo.

Em suma, quem fizer um balanço dos feitos nos últimos anos poderá tomar consciência sobre o que será melhor para a cidade nos próximos quatro anos.

Esse ponto de vista não retrata uma visão pessoal do seu autor. Como escrevemos acima, se baseia numa audiência com centenas de ibiunenses e anotação criteriosa dos sentimentos de cada um deles sobre a realidade como ela é percebida pelos cidadãos. Isso inclui um número expressivo de moradores em dezenas de bairros.

Pudemos constatar que os ibiunenses estão saturados de promessas vãs, de não se verem respeitados em seus direitos elementares e também de se sentirem impotentes diante de uma realidade que se torna até mesmo cruel em relação aos mais humildes.

Se estivermos certos em nossas observações, iremos saber na prática que a percepção dos acontecimentos dos eleitores de 2020 não é a mesma dos de 2024. Ficaram mais críticos em relação aos fatos, demonstraram explicitamente mais descontentamentos e frustrações.

É possível que esses conteúdos emocionais presentes na memória da população se reflitam nas urnas ibiunenses neste domingo.

Portanto, há bons motivos para manter viva a chama da esperança, que é um modo de olhar o futuro e se preparar para um novo tempo, como aquele que surge depois que a chuva passa e o sol ressurge com seu brilho promissor.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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