DEVASTAÇÃO DE MATA EM IBIÚNA FOI MAIOR E MAIS GRAVE DO QUE SE NOTICIOU

O crime ambiental perpetrado em Ibiúna com a devastação de mata nativa em uma área particular situada na altura do km 67 da Rodovia Bunjiro Nakao, no sentido direito em direção a São Paulo, é maior e mais grave do que se noticiou até agora. De acordo com denúncia feita ao Ministério Público de Ibiúna no dia na quinta-feira (5), pela Organização Sociedade Civil de Interesse Público SOS Itupararanga, a destruição das matas atingiu uma área de 130.000m2 e não 80.000m2, aumentando ainda mais a proporção dos danos.

A diretora da instituição, Viviane R. de Oliveira, na representação encaminhada à promotora Camila Teixeira Pinho, pede que sejam apuradas “as responsabilidades a fim de que se oferecer denúncia e punição exemplar e regeneração integral das danos ambientais causados na referida área”.

O documento afirma ainda que “pelos depoimentos de populares e testemunhas, tudo indica que houve tempo hábil para que o dano fosse de menor proporção e inclusive o desmatamento poderia ser interrompido quando das primeiras denúncias”.

Em outro trecho a diretora da SOS Itupararanga assinala: “Acompanhamos com a Fundação Florestal, representante da APA Itupararanga, uma nova vistoria realizada pela Polícia Ambiental”. A fundação emitiu os autos de constatação. Houve danos irreparáveis à fauna e à flora e prejuízos “à rede hídrica e ao fluxo gênico de espécies nativas”.

Foram anexados à representação imagem de satélite comprovando a presença de cobertura nativa na área desmatada e notícias publicadas pela imprensa local e regional.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.