TRAGÉDIA NO PIRATUBA – KOMBI ESCOLAR ATROPELA E MATA MENINA QUE TRANSPORTAVA

A condutora da Kombi escolar que atropelou e matou uma menina de sete anos que acabara de descer do veículo na Estrada do Piratuba no dia 27 de fevereiro, às 18h35, deverá se indiciada por homicídio culposo, informou hoje (26) à vitrine online o delegado Fabrício Lopes Ballarini. Esse acontecimento ainda não tinha sido divulgado pela  imprensa.

No dia do atropelamento, que ocorreu assim que a menina desceu da Kombi, nas proximidades do Supermercado de Piratuba, no município de Ibiúna, o boletim de ocorrência apontava que a menina tinha sido atingida por uma motocicleta que depois tinha desaparecido sem ser vista por ninguém. No dia seguinte, no entanto, a equipe da Delegacia de Polícia de Ibiúna, após ouvir três testemunhas e estar no local, concluiu que era mesmo a Kombi que havia matado a criança.

A mulher que dirigia o transporte escolar não é habilitada para dirigir esse tipo de veículo e nem dispunha de auxiliar para apoiar e garantir a segurança das crianças. Na verdade, o proprietário da Kombi contratado para fazer esse serviço, que foi apreendida pela polícia , é o seu marido.

Por na ocasião ter ficado traumatizada e sido sedada, conforme declaração médica entregue por seu marido às autoridades, até agora a mulher não foi ouvida no inquérito que está sendo conduzido pelo dr. Ballarini. “Mas, com certeza, ela será ouvida, assim como os policiais que atenderam à ocorrência. No momento, também estamos recolhendo os dados periciais e assim que for concluído o inquérito ele será encaminhado para o juiz da Comarca de Ibiúna, que o remeterá para o , Ministério Público para as decisões judiciais cabíveis.”

Projeto de lei

O vereador e vice-presidente da Mesa da Câmara Municipal, vereador Rodrigo de Lima (PCdoB), que conhece os personagens envolvidos na tragédia, apresentou há dias um Projeto de Lei que obriga “a exibição nos veículos contratados para transporte escolar de um número de telefone para reclamações e sugestões pintados ou adesivados em suas carroçarias, bem como a identificação da empresa responsável pela prestação do referido serviço”.

As pinturas ou adesivos deverão ter os seguintes dizeres: “Como estou dirigindo? Reclamações e Sugestões entre em contado pelo telefone”. Essa foi a forma de o vereador tomar alguma atitude face ao acidente que tirou a vida de uma menina.

Ainda na justificativa, o edil assim se manifesta:”É importante ressaltar que, diante da tragédia que vitimou essa criança, os detentores de autorização para prestação de serviço de transporte escolar, ofereçam aos munícipes a oportunidade de realizar reclamações sobre a conduta dos motoristas, bem como de seus monitores, estado de conservação dos veículos, entre tantas outras possíveis irregularidades, servindo o mesmo número de telefone para elogios e sugestões para melhorias nos serviços prestados. Proporcionando, assim, um maior poder de fiscalização, uma vez que no mesmo espaço para divulgação do telefone, a empresa, prestadora do serviço, também estará devidamente identificada.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.