A CASA DAS ORQUÍDEAS – ROMANCE DE RILEY É LIÇÃO DE AMOR DA ALMA FEMININA

Uma pérola feminina: “Tudo o que temos é este instante.” Esta frase é uma celebração de um longo [560 páginas], encantador e magnético romance da autora inglesa Lucinda Riley. Vendeu a bagatela de um milhão de exemplares. Foi lançado no Brasil em 2012 pela Editora Novo Conceito, ano em que registrou três reimpressões. É a dica de vitrine online para leitores que gostam de entretenimento, escrito de modo suave, com pequenas ondulações, fortes emoções suspense e segredos que vão se revelando gradativamente.

As relações são urdidas de forma que o leitor vá seguindo com seus olhos quase hipnotizados a dramaticidade dos personagens [baseados em fatos da vida real] em cenários culturalmente distintos fazendo uma ponte entre Ocidente e Oriente: Inglaterra, Franca e Tailândia.

É uma história de amor em meio à II Guerra Mundial cujo principal ambiente físico é um casarão imenso dentro de uma propriedade aristocrática no interior inglês. O texto não vacila: o amor da mulher é mais fiel, profundo e dedicado que o do homem. Uma personagem tailandesa, Lídia, belíssima nos seus dezessete anos, confirma essa tese de modo pleno ao se apaixonar por Harry. O que acontece com e entre eles é incrível e, às vezes, de tirar o fôlego.

O romance abre a vida de uma família tradicional, que habita um lugar natural quase mágico, há mais de trezentos anos. Abre uma perspectiva por intermédio da qual um ser adulto é capaz de compreender que os humanos seguem nas mãos incertas do destino. A dura realidade celebra desde o nascimento do bebê e o acompanha até sua morte, com as mudanças que o cinzel do tempo faz em seu corpo num irreversível processo de decadência.

A fresta de luz que a autora oferece aos leitores diante do fenômeno humano, com suas comédias, dramas e tragédias, apresenta o amor como possibilidade de uma convivência nirvânica que acontece em cada instante ou escapar sem ser vivida. Nada além disso. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.