LEITORA APELA ÀS AUTORIDADES E À POPULAÇÃO DE IBIÚNA SOBRE ECONOMIA DE ÁGUA

Pelo menos até agora, o grave problema de falta de água que afeta dramaticamente várias regiões do estado de São Paulo parece não ter afetado a rotina dos ibiunenses. Ainda se veem pessoas lavando calçadas, quintais e veículos como se houvesse uma garantia de que a situação está tranquila. Não está. A represa de Itupararanga nunca esteve com seu nível de água tão baixo, diversos poços secaram nos bairros ou tiveram seu volume extremamente reduzido. Houve até quem contratasse a construção de poços artesianos.

Diante desse quadro preocupante, a leitora Leidiana Castro faz um apelo, por meio de vitrine online, às autoridades municipais e à população para que seja desenvolvido um plano e feita uma campanha de conscientização a fim de que todos passem a economizar e reduzir o consumo de água. Ela entende que esse é um modo necessário para evitar que logo sejamos surpreendidos, como foram, recentemente, os agricultores de Piedade que viram suas bombas de água lacradas pela Sabesp para uso agrícola.

“Como profissional da saúde, viso não somente o desperdício de água como bem de consumo, mas sua qualidade para o bem da saúde da população”, afirma a leitora, ao propor sua sugestão.

Leidiana Castro imagina que a iniciativa nesse sentido possa ser tomada com presteza pela prefeitura ou vereadores, que venham a se interessar por essa matéria, já que cabe a eles zelar pelas causas de interesse público.

Itupararanga

Vitrine online tem acompanhado regularmente o nível das águas da represa Itupararanga que abastece Ibiúna, Sorocaba e outros municípios da região e afirma que talvez esteja no seu nível mais baixo dos últimos 100 anos, quando começou a ser acumulada, para mover um hidrelétrica construída pela Light.

O nível das águas diminui a cada dia e basta comparar as fotos aqui apresentadas para se ter uma noção visual da realidade preocupante.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.