MENINGITE – SAÚDE ESTADUAL ENVIA NOTA À VITRINE ONLINE; ATÉ 17H30 DE HOJE, NÃO HAVIA NENHUM CASO NOVO

 Em nota encaminhada à vitrine online, às 17h46 de hoje (9), a Secretaria de Estado da  Saúde de São Paulo afirma ter recebido a notificação de dois casos confirmados de  meningite tipo “C” em Ibiúna e que o trabalho de campo para o combate e o controle de  meningite cabe à prefeitura.

A diretora de Vigilância Epidemiológica do município, Sandra Toledo, disse, às 17h30, que até esse horário nenhuma suspeita ou caso novo tinha chegado ao seu conhecimento por parte do sistema de saúde municipal. Ela é a autoridade legal que deve receber em primeiro lugar qualquer notificação da enfermidade.

Toledo fez um apelo à população que, em caso de dúvida ou alguma suspeita, a procurem pessoalmente, com seus filhos e carteiras de vacinação, na Vigilância Epidemiológica de Ibiúna, na avenida São Sebastião, 369, [ telefone15 3241-2601]. “No mínimo poderemos verificar se a criança já está imunizada contra a meningite, darmos orientações e esclarecer os munícipes”, assinalou a diretora.

A determinação feita ao sistema municipal de Saúde de Ibiúna [Hospital Municipal e postos de saúde] é notificar “imediatamente” Sandra Toledo caso haja suspeita ou indícios diagnósticos de meningite, “24 horas por dia”.

Combate e controle

Eis a íntegra da nota encaminhada pela da secretaria estadual da Saúde:

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informa que, segundo diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde) definida pelo Ministério da Saúde, o trabalho de campo para o combate e o controle de meningite cabe às prefeituras, por intermédio de suas secretarias municipais de Saúde. O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) foi notificado sobre dois casos confirmados de Meningite tipo “C” no município de Ibiúna e as medidas cabíveis estão ocorrendo por parte do próprio município.”

Vacina social

Embora estejam, as autoridades, seguindo os protocolos de monitoramento dos passos a serem dados, de acordo com os dados reais, no trabalho em campo, é indisfarçável um aspecto socioeconômico em relação à situação vivida. Resumindo: as famílias com poder aquisitivo estão vacinando seus filhos [a vacina custa em torno de R$ 300,00], enquanto outras se sentem sem condições de fazê-lo e, por isso, esperam, ansiosas ou mesmo desesperadas, uma ação objetiva das autoridades. Estes são dois fatos em conflito que correm em paralelo e que exigem um esforço criativo e eficiente de comunicação que possa gerar segurança e confiança na população. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.