ÉGUA RECEBE MEDICAMENTOS E VITAMINAS, MELHORA E É BATIZADA DE ESPERANÇA

Vitrine online voltou à tarde ao local onde se encontra a égua branca, que aparentava agonizar pela manhã, sob  uma cobertura de plástico em uma área de lazer próxima ao centro no município de Ibiúna e o que viu mais se pareceu com um milagre. Ela ainda estava deitada, recebendo soro, outros medicamentos e vitaminas, mas parecia melhor.

Os dois primos, que haviam comprado a égua no sábado, estavam a postos cuidando dela que, agora, estava sobre uma camada de serragem fina que haviam espalhado para lhe proporcionar conforto.

Logo em seguida, os dois e mais três homens que acabavam de chegar em um carro da prefeitura, o mesmo que havia trazido duas médicas veterinárias para examinar a égua,se juntaram para levantá-la parcialmente, a fim de que pudesse se alimentar com ração.  E foi bonito ver que Esperança [este é o nome que recebeu dos dois primos] se esforçar e comer com vontade e emocionante testemunhar esse acontecimento em uma tarde chuvosa e cinzenta.

As duas médicas veterinárias examinaram Esperança, orientaram a medicação e foram elogiadas pelos primos, por terem demonstrado interesse pelo caso e serem atenciosas. “Elas disseram que amanhã cedo voltarão para fazer um novo exame”, disse um dos primos. Elas chegaram por volta das 15h30, depois que vitrine online formalizou denúncia junto ao Centro de Controle de Zoonoses, de acordo com exigência do organismo municipal. A revista havia sido avisada sobre o fato por leitores preocupados.

A égua branca, já velha, como noticiamos  na manhã de hoje, está extremamente subnutrida, daí sua dificuldade de se manter em pé, e apresenta alguns ferimentos no corpo. Seu proprietário anterior, no bairro do Pavão, na divisa dos municípios de Ibiúna e São Roque, a teria vendido por R$ 1.000,00, no último sábado, aos dois primos.

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.