EXCLUSIVO – DESAPARECIMENTO DE MULHER EM IBIÚNA CONTINUA IMERSO EM MISTÉRIO, UM ANO DEPOIS

A mulher da foto – Márcia Regina Cabuci Piva, então com 43 anos – desapareceu em Ibiúna no dia 12 de abril de 2014, um sábado. Nesse dia, ela teria saído de sua casa no bairro Votorantim para ir ao supermercado e depois a um salão de beleza, mas nunca mais foi vista.

No domingo (13), sua filha foi à Delegacia de Polícia de Ibiúna onde registrou o desaparecimento da mãe em boletim de ocorrência. No dia 17, seu carro foi encontrado todo queimado no meio de árvores no município vizinho de Mairinque. A perícia não encontrou nenhum vestígio de corpo humano no interior do veículo.

Hoje (29), pouco mais de um ano da ocorrência, o delegado titular da Delegacia de Polícia de Ibiúna, José de Arruda Madureira Júnior, disse à vitrine online, que o inquérito de nº 228/14 aberto para apurar o caso, continua aberto. “Para nós, ela continua desaparecida”, afirmou, depois de informar que diversas diligências foram feitas pelos investigadores.

O caso de Márcia Piva teve repercussão nacional e foi transmitido pelos programas policiais “Cidade Alerta” (TV Record) e “Brasil Urgente” (TV Bandeirantes). O marido de Márcia, Domingos Piva, chegou a dar uma entrevista em que se mostrava apreensivo porque a polícia o estaria considerando suspeito. Logo em seguida, ele, que é considerado “foragido da Justiça”, também desapareceu e nem sequer chegou a ser ouvido no inquérito policial. É procurado pela polícia.

Mistério continua

Márcia Piva, auxiliar administrtiva, se viva, terá completado 44 anos. Na ocasião do seu desaparecimento, ela dirigia uma Meriva preta, com placas de Ibiúna DMX 2318. Embora os investigadores tenham saído em busca de câmeras de segurança pelos caminhos por onde supostamente teria passado, não encontraram nenhuma pista de sua movimentação.

Tanto sua filha quanto sua mãe não mais procuraram a delegacia para apresentar ou obter alguma informação nova.

O desaparecimento de Márcia continua um mistério e mantém perguntas não respondidas. Por que não foi vista ou não teria conversado com ninguém no trajeto de sua casa, seja em direção a um supermercado ou a um salão de beleza? Por que seu marido desapareceu logo depois de dar entrevista para a TV? Por que nenhum vestígio foi deixado pelo seu comportamento que permitisse supor possíveis causas de seu desaparecimento?

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.