MULTIDÃO LOTA CENTRO DE IBIÚNA NA 96ª FESTA DE SÃO SEBASTIÃO, O PROTETOR DA CIDADE
Mesmo em dia frio e chuvoso, multidão lota praça da Matriz e rua XV de Novembro no centro de Ibiúna, na noite deste sábado (30), para louvar São Sebastião, santo protetor da cidade, num acontecimento que completa 96 anos de tradição e atrai devotos também de outros municípios paulistas.
“É uma festa da união, da família e da paz”, proclamou o padre Daniel Vitor Cardoso Rodrigues, pároco da igreja de Santa Teresinha, no bairro da Ressaca, coordenador dos festejos deste ano.
“É uma festa para honrar São Sebastião, em que buscamos a graça, confiando em Deus nosso senhor e em Cristo Senhor”, disse ainda o pároco durante missa de recepção ao santo no palco da praça da Matriz, exortando a necessidade de o povo agir com coragem e solidariedade na busca da “unidade na diversidade”.
O sacerdote evocou Ibiúna como “uma terra abençoada e cultivada pelo sangue dos lavradores” e agradeceu a todos aqueles, que de uma forma ou de outra, se doaram, mesmo com sacrifício, para a realização dessa que é a maior manifestação religiosa no município de Ibiúna.
Confluência
Um dos momentos emocionantes da festa é a chegada dos romeiros que viajaram na manhã de sábado ao bairro do Pocinho – distante trinta e cinco quilômetros do centro de Ibiúna, onde se encontra a capela de São Sebastião, para buscar a imagem de São Sebastião e trazê-la para a Igreja de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Ibiúna.
Montados em cavalos, mulas, em charretes entram pela rua São Sebastião, assim nomeada em homenagem ao santo, descem a rua XV de Novembro até chegar à praça da Matriz, onde uma multidão aguarda por um espetáculo em nome da fé. Por fim, num momento apoteótico, surge o santo em seu andor feito com muito esmero e criatividade, com luzes fixas e flutuantes e um arranjo de flores marcado pela delicadeza e graciosidade. Nesse momento todo o povo se mistura numa confluência de fraterna devoção.
O pároco da Igreja Nossa Senhora das Dores, a matriz de Ibiúna, padre Antonio Machado Ferreira, se afastou da coordenação do evento por problema de saúde em sua família, mas quando o santo se aproximava da praça se dirigiu repetidamente à população aplaudindo e gritando “Viva São Sebastião”, com notório entusiasmo.
Com a imagem postada ao lado do palco e a praça completamente lotada, transcorrem a missa, exortações e palavras de gratidão às pessoas, incluindo os religiosos, que se desdobram em intenso trabalho para construir a grande festa que está a caminho do seu primeiro centenário.
Nos cinco dias de festejos, houve a benção dos lavradores que desfilam com seus tratores e trazem o fruto do seu trabalho que é comercializado na praça da Matriz nesse dia, a benção dos romeiros [celebrada este ano pelo padre Severino Ferreira da Silva], novena e missas que atraem muitos fiéis à igreja.
Missas e procissões
Neste domingo (31), às 10h00, no interior da igreja Matriz com as imagens de São Sebastião e do Divino Espírito Santos, haverá a missa dos Festeirinhos e, às 18h00, procissão do Divino Espírito Santo, com o monsenhor Claudemir José dos Santos. Na segunda-feira,às 18h00, procissão de São Sebastião e do Divino Espírito Santo e, em seguida, missa na praça da matriz, com Frei João Bosco. Na terça-feira [feriado local], às 7 horas, realiza-se a missa de despedida de São Sebastião e outra em sua recepção na chegada em capela no sertão.