CÂMARA TÉCNICA DECIDE DAR PARECER DESFAVORÁVEL AO PROJETO DA VOTORANTIM NO VARJÃO DE IBIÚNA

represa foto hoje

Conforme vitrine online havia antecipado, em matéria publicada na segunda-feira (26), a Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, reunida na quinta-feira (29), decidiu dar parecer desfavorável ao projeto da Votorantim Cimentos S.A. que pretende retirar, anualmente, 360 mil toneladas de areia e 120 mil toneladas de argila do varjão de Ibiúna, durante os próximos dez anos.

Tendo em vista o impacto ambiental negativo que poderá ser causado pelo projeto, sobretudo nas águas da represa Itupararanga, a Fundação Florestal já havia enviado à Cetesb, no dia 25 de setembro, um parecer desfavorável ao empreendimento, com base do relatório assinado pelo Conselho Gestor da APA Itupararanga.

A preocupação com os prováveis danos previstos fez com que a SOS Itupararanga abrisse um abaixo-assinado para apresentar às autoridades da Cetesb, junto com os pareceres contrários ao projeto.

O relatório da Câmara Técnica será apresentado ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Tietê e Médio Tietê, na reunião plenária que será realizada no dia 11 de dezembro, com a presença de prefeitos de 34 municípios da região, órgãos estaduais do meio ambiente e entidades conservacionistas, como a SOS Itupararanga.

Uma vez aprovado, poderá ser decisivo perante a Cetesb, órgão que dará a última palavra sobre o assunto. Já se sabe que a própria Cetesb, que tem sido rigorosa até mesmo na instalação de portos de areia, deverá indeferir o pedido da empresa de licenciamento para exploração de minerais em Ibiúna.

As entidades e técnicos envolvidos com esse processo, já estudam a possibilidade de tomar providências conferir uma classificação mais abrangente à área do varjão como unidade de conservação ambiental, de modo que a região não fique sujeita a novas tentativas de exploração dos seus recursos minerais.

Em 2012, a mesma empresa já havia dado entrada em pedido de licença junto à prefeitura de Ibiúna para implantar seu projeto.

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.