MACAQUINHO SAPEQUINHA SE ESCONDE PARA NÃO SER FOTOGRAFADO

macaquinnho 1Estrada da Cachoeira, hoje (30), 15h00, quase em frente à sede dos Moradores no Bairro da Cachoeira. Eles saíram da mata e vieram caminhando por dois bambus suspensos em troncos de árvores. Um, dois, três, quatro…cinco. Estavam todos ali para tomar o café da tarde colocado sobre uma bandeja de madeira fixada em um tronco: deliciosos pedaços de banana. Tem dia que aparecem até onze e eles são engraçadinhos, uns mais ariscos outros mais sossegados. Não ficam parados um instante sequer e são muito ágeis.

Um dele ficou invocado com a minha máquina fotográfica e sabe o que ele ficou fazendo? Brincando de esconde-esconde, mais ligeiro do que eu. Enquanto ia para o lado em que ele estava do tronco, logo se escondia no lado oposto. Corria para o lado em que estava e ele ia para o outro. Só consegui um flagrante quando desceu repentinamente até a bandeja de comida, mas só registrei uma parte do ligeiro sapequinha.

Vê se pode, esses carinhas ali, na beira da estrada, bem espertos. Um deles mostra a língua, que desaforo! Agora são três em um bambu. Hi! Parece que estão falando de mim: “Que esse cara está querendo da gente?” Nada pessoal, só quero mostrar vocês pros ibiunenses, especialmente para as crianças, afinal, quem não gosta de macaquinhos?

Quando a bandeja ficou vazia eles deram no pé, isto é, andaram em direção à mata de onde tinham surgido num piscar de olhos. Ibiúna, felizmente, apresenta espetáculos naturais surpreendentes. E ponha surpreendente nisso. Outro dia, mais adiante na mesma estrada, num lugar mais desabitado, passaram na minha frente cerca de quarenta coatis. Estava a pé e fiquei só observando os bichinhos, indo de um lado para outro da estrada, em fila. Um pouco abaixo, também não faz tempo, uma família inteira de jacus, papai e mamãe na frente e os filhinhos atrás, fez a travessia na minha frente.

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Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.