IBIÚNA – ZONA AZUL DIGITAL COBRA ESTACIONAMENTO EM BURACOS

buracos na zona azul

A foto acima foi tirada hoje (8) à tarde na rua Francisco Romano, uma travessa da rua Fortunatinho, no centro da cidade de Ibiúna. Não teria nada demais, porque, afinal, há tantos buracos nas ruas da cidade que os usuários acabam se acostumando. Mas o fato é que esse lugar faz parte da zona azul digital expandida, ou seja, para estacionar ai é preciso pagar uma empresa que ganhou uma licitação da prefeitura em dezembro do ano passado. Antes de prosseguir, é oportuno deixar claro que, literalmente, você paga para enfiar seu carro em buracos, quando o minimamente correto o espaço deveria ser plano.

É uma questão de bom senso: enquanto [há outros buracos similares na mesma rua] a situação não for normalizada, com os buracos tapados como deve ser feito, que esses pontos deixem de cobrar o estacionamento rotativo pago. Imagine que, além do desconforto para estacionar os veículos, você passe alguns minutos além da primeira hora, recebe um “aviso de irregularidade” que impõe uma cobrança de R$ 15,00, sendo R$ 3,00 equivalentes ao período de uma hora e de outra pelo período excedido [em torno de três minutos] e o que resta se transforma em crédito para novos estacionamentos. Se não efetuar esse pagamento em três dias, estará sujeito a uma multa de R$ 53,00 e perda de pontos em sua carteira de habilitação.

Como se vê, se há tanto rigor na cobrança de valores, cujos montantes são mantidos em sigilo tanto pela empresa quanto pela prefeitura, por que não manter as condições de estacionamento regulares, com os buracos tapados, como uma forma de respeitar os direitos dos cidadãos que, como se sabe, recolhem impostos para o tesouro municipal.

buracos 2

buracos 3

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.