REUNIÃO SOBRE RETOMADA DA REFORMA DA DELEGACIA É MARCADA POR DÚVIDAS
A possível retomada das obras da reforma da delegacia de Ibiúna [leia notícia abaixo], parada há cerca de dois anos, se tornou uma fonte de dúvidas com características de um completo imbróglio. Baseada numa fonte, escrevemos aqui que as obras teriam sido paralisadas por uma atitude unilateral do governo Coiti Muramatsu. Isto não corresponde à verdade e, por isso, pedimos desculpas por nossa falha.
Hoje à tarde (14) houve uma reunião na prefeitura da qual tomaram parte o vice-prefeito, Adal Marcicano; o delegado titular de Ibiúna, dr. José de Arruda Madureira Júnior; o engenheiro da prefeitura Júlio Francisco Nieri, o procurador Anderson Ramos Geraldo, e o proprietário da empresa A. Scaf Construções, Comércio e Serviços Ltda., do engenheiro Amauri Fialho, que fora encarregada de executar a obra.
Na última segunda-feira, 6, Fialho recebeu no Fórum ibiunense a reintegração de posse da chave da delegacia. Ele estava acompanhado dos vereadores Rozi Aparecida Domingues Soares Machado e Dalberon Arrais Matias, os representantes da empresa contratada pela prefeitura, drs. Luis Celso Marques e Manoel dos Santos.
Na reunião de hoje surgiram mais dúvidas do que esclarecimentos, mais fatos a serem decifrados do que informações claras e transparentes e a única decisão tomada foi a realização de novo encontro nesta quinta-feira quando, na obra paralisada, será feita a medição do que foi feito, se saberá quanto foi pago à empresa [estima-se que esse valor seja R$ 250 mil]. Um dos objetivos é saber se o dinheiro que sobrou [R$ 588 mil] será suficiente para concluir a obra, mas, de cara, suspeita-se que haverá necessidade de pelo menos mais de R$ 600 mil para que isso aconteça.
Mas o fato é que nenhuma dessas informações é tranquilizadora. Houve um problema no projeto inicial que não teria previsto os custos com instalações elétricas e hidráulicas. O caso está sob exame do Tribunal de Contas do Estado [a verba para reforma da delegacia é do governo estadual] e deverá passar por uma auditoria a fim de que seja revelada a origem do imbróglio cujas raízes se encontrariam dentro da prefeitura, cerca de dois anos atrás.
Na reunião de hoje ficou patente que o problema é intricado e requer uma investigação séria e competente. Diante do que ouviu, o vice-prefeito Adal Marcicano foi taxativo ao revelar seu sentimento: “Trata-se de uma irresponsabilidade com o dinheiro público.”