VEREADORA INTERCEPTA DUAS CARRETAS DE PEDRAS COM 23 M3 A MENOS DO QUE DEVIA SER ENTREGUE

Duas carretas de pedras foram retidas hoje (23), por volta das 17h30, na Garagem da Prefeitura, quando se preparavam para fazer a descarga, pela ação da vereadora Rozi Aparecida Machado (PV), que vinha discretamente acompanhando a movimentação de entrega desse produto, por ter percebido que poderia haver algo errado. Rozi acompanhou desde o início as licitações para aquisição de pedras.

Com a ajuda de dois funcionários da prefeitura e uma pessoa de sua confiança, Rozi acompanhou a medição da carga dos dois caminhões, constatando que as quantidades de pedras eram inferiores ao que constava nos romaneios, fato que, se confirmado pela perícia que deverá ser feita ainda nesta sexta-feira, comprovará uma grave fraude contra a prefeitura.

Numa das carretas constavam 33,66 m3 e no outro, 35,00 m2. Numa delas faltavam 11 m3 e no outra, 12 m3. A firma responsável pela entrega é do município de Suzano e vinha fornecendo pedras para a prefeitura desde o dia 1º de maio, num total de trinta e sete entregas.

Assim que constatou essa diferença, Rozi chamou a Guarda Civil Municipal, para ter resguardo, o prefeito, o vice-prefeito, o secretário de Governo e outros secretários.

“Espero agora que tudo seja resolvido, não estou acusando ninguém só estou fazendo a minha parte como representante do povo na Câmara Municipal no que diz respeito à minha função de fiscalizar os fatos administrativos.”

O vice-prefeito Adal Marcicano afirmou que “desde que a gente iniciou no governo vem lutando para tapar esse tipo de ralo que sempre existiu na prefeitura. E estamos descobrindo, aos poucos, como funciona o

esquema. O fornecedor o joga o preço lá embaixo para ganhar a licitação [e quem vence a concorrência é o menor preço), já sabendo que poderá tirar a diferença na quantidade do produto. Estamos atentos também em relação ao fornecimento de óleo diesel.”

Adal relatou que “essa empresa de Suzano fornecedora de pedras apareceu na licitação jogando o preço lá embaixo. Todo mundo estranhou e teve início investigação que, graças à vereadora Rozi, agora comprova nossas suspeitas. A gente não imagina quem pode estar por trás dessas empresas que entram nas licitações.”

Foi lembrado ontem à noite, no ambiente da Garagem, o fato de que o caminhou chegou às 17h30 para fazer a descarga, horário em que já não há mais funcionários, que encerram o expediente às 17 horas.

Também compareceram à Garagem o secretário de governo Jonas Campos e o vereador Beto Arrais, além de outros secretários municipais.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.