DEPOIS DA GRANDE FESTA, IMAGEM DO SANTO PROTETOR VOLTA PARA O SERTÃO
Nesta terça-feira (28), feriado local, depois da Missa de Despedida, que teve início às 7 horas na Igreja Matriz, a imagem de São Sebastião, santo protetor de Ibiúna, foi levada pelos fiéis de volta para seu Santuário do Sertão, localizado cerca de trinta e cinco quilômetros da cidade em direção da Serra do Mar.
Como reza a tradição, o nonagésimo quarto ano consecutivo da celebração, os romeiros foram buscar o santo que chegou à cidade na noitinha do sábado (25). Foi recebido em grande festa por uma multidão concentrada ao longo da Avenida São Sebastião, da Rua XV de Novembro e, finalmente, de forma apoteótica na Praça da Matriz, onde foi oficiada missa de boas vindas, celebrada pelo bispo Ercílio Turco.
Mais uma vez os irmãos gêmeos Antonio Carlos e Luiz Francisco Vieira Ruivo, com a colaboração de Nilde Mary Marcondes, se superaram no esmero com que habitualmente se dedicam na ornamentação dos andores de São Sebastião e do Divino Espírito Santo, instalados, cada um, nas naves laterais da Igreja de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Ibiúna, onde os fiéis puderam ter seu momento de devoção e vínculo de fé.
Em breve entrevista à revista vitrine online, o padre Antonio Machado Ferreira se mostrou contente com o ecumenismo da festa: “Seguidores de outras religiões participaram tanto das festividades da chegada do santo quando das missas em nossa Igreja.”
O pároco explicou o significado essencial desse que é o maior acontecimento religioso no município de Ibiúna: “Quando vamos ao Sertão para buscar a imagem do Santo e participamos da missa em sua capela, esse é o momento do encontro com Deus, o momento de fortalecimento de nossa fé, uma celebração feita com a intercessão do nosso santo padroeiro.”
Novas regras
Este ano, pela primeira, vez foram impostas algumas regras especiais (leia matéria abaixo), proibindo a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas no Sertão, de proteção aos animais e de controle do volume do som emitido por carros tunados e pelas barracas que se armam no local. Essa novidade teria reduzido o número de participantes no Sertão, que não teriam gostado dessas decisões. Os comentários entre a população, no entanto, aprovaram a adoção dessas medidas porque “muitas pessoas nem sequer entravam na capela ou tinham um motivo de fé para lá estar, mas para se divertir apenas, até com exagero, manifestando comportamentos incompatíveis com a religiosidade do evento, a ponto de gerar um sentimento de insegurança nos demais romeiros”.