EDUCAÇÃO – “A ATITUDE CONSCIENTE É DECISIVA NO PROCESSO DE ENSINAR E APRENDER”

“A consciência, como faculdade nobre da mente, é o mais eficaz recurso no processo de ensino e aprendizagem.”

Essa afirmação foi feita ontem à noite (3) pelo professor Carlos Rossini, durante palestra de duas horas para professores do Ensino Infantil e Fundamental da Rede de Ensino Municipal de Ibiúna, realizada na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Educação.

Rossini abordou o tema “O Professor e os novos desafios da Educação”, a convite de Helenice Aravena, diretora da E.M. “Clélia Carmelo da Silva”, como atividade do Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (noturno) – HTPC, e considerou que o nível de participação e interatividade das professoras e do único professor no grupo foi “notavelmente positivo”.

O princípio da diversão e do riso, como meio de aprender, foi empregado durante todo o encontro, que incluiu ainda uma prática de meditação orientada visando afastar as preocupações do dia a dia, depoimentos dos participantes, a palestra propriamente dita e confraternização de encerramento pela missão cumprida.

O significado da palavra Consciência serviu como âncora para a metodologia utilizada.

CONSCIÊNCIA

“A verdadeira missão do professor é provocar o aluno. Provocar significa despertar em alguém a vontade de fazer e agir, no caso o desejo e a curiosidade para a busca prazerosa do conhecimento”, enfatizou Rossini.”

“É preciso, por meio de um trabalho consciente e continuo, em face da relação dialética entre mundo habitual conhecido e o mundo desconhecido, que as revelações sejam apreendidas  pelo aluno durante as aulas.”

“É oportuno esclarecer que o papel do professor como ensinante não se resume nas relações imediatas com os alunos nas salas de aula, mas as transcende na medida em que provoca o aluno para ter percepções novas sobre o mundo que ele conhece e ao qual se habituou. Trata-se de fato de um processo de transformação de uma personalidade”, disse ainda Rossini, acrescentando:

“A relevância do professor exige um senso de responsabilidade sempre presente, pois é ele quem faz as crianças e adolescentes entrarem em contato com o desconhecido [aquilo que se aprende é traduzido como novidade].”

PERCEPÇÃO IMEDIATA

A consciência é a capacidade que os indivíduos têm potencialmente de perceber. Trata-se de uma relação entre si consigo mesmo e com o ambiente. Por outras palavras, é a percepção imediata do sujeito da realidade que se passa dentro (em sua mente) e fora dele (tudo o que existe no mundo exterior).

Uma das definições propostas pela filosofia da mente sugere que “a consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos, sensações e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência: a consciência imediata e a refletida.” 

Assim,a consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, quando pensa ou age.

A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.

A tomada contínua da consciência, como se pode depreender, é tarefa longe de ser fácil, já que a maior parte, talvez mais de 95%, das atividades mentais, como pensamentos e sentimentos que ocorrem em nossa mente, não são percebidas por nós.

CADA UM É CADA UM

Agir de modo consciente portanto não é regra geral, mas algo que precisa ser percebido e cultivado pelos indivíduos como um bem maior da vida, uma vez que a consciência nos permite viver melhor como indivíduos, seres sociais e profissionais.

Cada aluno, assim como cada professor, são personagens singulares e diferentes uns dos outros e essa é mais uma razão para se desenvolver um processo em que a consciência sirva constantemente para orientar nossas condutas a cada instante.

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O professor Carlos Rossini faz palestras costumizadas em empresas, prefeituras, entidades, associações, escolas. Contato: (15) 9.9612-3685

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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