BOLSONARO CHAMA MANIFESTANTES EM DEFESA DA EDUCAÇÃO DE “IDIOTAS ÚTEIS E IMBECIS”
As manifestações públicas nesta quarta-feira (15), realizadas em 26 estados e no Distrito Federal, reunindo professores, estudantes e populares contra o bloqueio de recursos para a educação, que compromete o funcionamento da educação infantil à pós graduação e a realização de pesquisas, foi classificada pelo presidente Jair Bolsonaro como um ato feito por “idiotas úteis e imbecis”.
Bolsonaro, que se encontrava em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos, no seu estilo desrespeitoso para o cargo de mandatário que exerce, disse ainda que os estudantes que estão nas ruas “não sabem nem a fórmula da água” e que são massa de manobra de “uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”.
O chefe do Governo Federal atribuiu a grande massa de desempregados no Brasil [14 milhões] à baixa qualificação dos trabalhadores.
Ambas as posturas refletem a educação do próprio governante, na medida em que ideologiza, desvaloriza e contribui, com os cortes de recursos, para que a situação se agrave ainda mais, já que tende a provocar um perverso retrocesso na área do ensino no Brasil, em prejuízo de milhões de brasileiros.
As declarações do presidente da República provocou reações negativas dentro e fora do Brasil, ao serem qualificadas de ofensivas, grosseiras e indignas tanto em relação aos professores quanto os estudantes brasileiros. No congresso, alguns parlamentares se disseram “estarrecidos” com a manifestação de Bolsonaro.
Enquanto isso, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, convocado pela Câmara Federal, dava explicações aos deputados sobre as medidas de cortes na área da Educação.
Weintraub cometeu falhas em sua postura, tanto que pediu desculpas a parlamentares da oposição, atribuindo-as ao fato de ser “neófito” [novato] e inexperiente, mas demonstrou ausência do mínimo de carisma e humildade e mesmo despreparado para o cargo. Alguns deputados chegaram a dizer que ele deveria ser demitido do cargo.