IBIÚNA – ESTAMOS VIVENCIANDO O TRISTE OCASO DE UM GOVERNO?

É com tristeza e sentimento de frustração, para quem se uniu claramente à esperança do povo ibiunense e apoiou a eleição do atual prefeito, que temos de admitir existirem sinais evidentes de um ocaso lamentável.

Como undécima esperança, fazemos votos que nesses dias de “retiro” sua excelência tenha enxergado uma luz divina e recebido forças adicionais para retomar suas atividades nesta quarta-feira e, finalmente, dar sinais de atitudes proativas eficazes, ainda que essa tendência seja um tanto remota, considerando a sequência histórica dos seus atos.

Sabemos das severas dificuldades por que passam os municípios brasileiros, mas nada pode justificar um desordenamento tão notório reinante em Ibiúna. Praticamente, em todos os setores da administração pública, especialmente nos campos da saúde, dos transportes público e escolar e das condições miseráveis das estradas.

Seria demais esperar termos em larga escala efeitos multiplicadores pelos 5.570 municípios brasileiros do conduta do prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli, no interior do Espírito Santo, venerado pela população exatamente pelas atitudes positivas e exemplares que o fizeram merecedor de um prêmio nos Estados Unidos.

Colatina tem uma população um pouco maior do que Ibiúna, 96 mil habitantes, enquanto nosso município gira em torno dos 78 mil. Territorialmente também é maior, possui 1.470 km2, enquanto temos 1.058 km2.

Em Ibiúna há similitudes nesse aspecto, nos demais estamos muito aquém, o que causa não inveja, mas um sentimento de tempo e de esperança perdidos, já nesta altura passados dois anos e meio de uma gestão introvertida e sem sintonia com a população.

Em nossa cidade, talvez em toda a sua história e também pela existência de redes e grupos sociais, nunca se viram tantos e brutais ataques tenham sido levados a efeito contra uma autoridade no exercício do cargo.

Embora não lhe faltassem sugestões, advertências, ideias e recomendações profissionais, o chefe do Executivo vem praticando uma forma de comunicação equivocada e canhestra, com resultados patéticos. É falha óbvia de um homem eleito se isolar da população.

Evitamos aqui avaliar os fatos, a fim para não instigar novas manifestações de repúdio ou agressivas como se têm percebido em abundância.

De qualquer forma, como num jogo, uma carta decisiva escondida poderá, então, criar a oportunidade de ser apresentada à população sob a luz solar e, assim, buscar uma saída para todos os ibiunenses.

Apesar dessa possibilidade ser pouco provável nesta altura dos acontecimentos, há sempre uma esperança.

Esta tribuna, voltada para registrar atos e fatos da nossa cidade, como sempre fez, abre espaço para que dele possam fazer uso do bom senso. Ibiúna não merece ser tão maltratada. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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