PREFEITURA NÃO PAGA SALÁRIOS DOS TERCEIRIZADOS DO HOSPITAL MUNICIPAL; RETOMADA DA GREVE É IMINENTE

Como a Prefeitura de Ibiúna não efetuou o pagamento, relativo a um mês, dos três meses em atraso, nesta quarta-feira (12), como havia prometido aos funcionários celetistas que atuam no Hospital Municipal, 70 a 80 profissionais, entre enfermeiros, auxiliares de enfermagem e técnicos, é provável que voltem imediatamente ao estado de greve nesta quinta-feira (13).

O pagamento de um salário nesta quarta-feira havia sido acordado em uma reunião na Prefeitura na segunda-feira (10) e também prometido pelo prefeito João Mello ao proprietário da empresa terceirizada DRO, por meio de mensagem enviada por whatSapp.

REPASSE DA CÂMARA

Hoje, em contato com o presidente da DRO, o prefeito o informou que iria solicitar ao presidente da Câmara Municipal que o Legislativo devolva dinheiro para a Prefeitura e que, assim, realizaria o pagamento até às 13 horas desta quinta-feira.

Na última segunda-feira, em reunião com o secretário da Saúde e uma comissão formada por representantes do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região, dos terceirizados do Hospital e dos funcionários da ADEV – Associação dos Amigos em Defesa da Vida, havia sido feito acordo pelo qual nesta quarta-feira haveria o pagamento de 1 salário em atraso e que os demais pagamentos, incluindo férias de alguns, seriam acertados na sexta-feira (14). 

“MUITO ESTRESSADOS”

As mensagens trocadas no grupo dos profissionais do Hospital Municipal refletem um desânimo constrangedor, pois há pessoas que não têm nem sequer dinheiro para pagar a condução para ir ao trabalho.

Há casos em que marido e mulher trabalham no Hospital, o que significa que a família, com filhos pequenos, está sem receber nenhum recurso para custear as despesas mínimas da casa.

Uma fonte informou que apesar da situação “desesperadora” dos profissionais que atuam no Hospital, muitos ainda revelam grande receio de se expor “por medo de sofrer represália, já que arranjar emprego está muito difícil”.

“Nós estamos muito estressados”, confessou outra profissional da saúde.

‘VAMOS PARAR’

Em mensagem aos profissionais, o 1º secretário do Sindicato, Amilton Arlindo de Moura, disse que voltará à Ibiúna nesta quinta-feira (12) para realizar mais uma  assembleia a fim de que seja firmada uma nova posição da categoria.

Numa breve análise da situação do descumprimento do acordo disse: “Temos que parar e receber tudo que está atrasado, chega de receber as coisas pela metade”.

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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