FELIZ DIA DAS CRIANÇAS-CRIANÇAS E DAS CRIANÇAS QUE VIVEM DENTRO DOS ADULTOS

Num giro rápido pela cidade de Ibiúna, deparei com crianças se divertindo no pula-pula, no escorregador e em outros brinquedos no estacionamento de um supermercado. Sim, havia fila, pois eram muitas esperando sua vez, acompanhadas de seus pais.

Brincar é uma necessidade humana e uma das atividades mais importantes na vida do indivíduo, pois ajuda a criança a desenvolver habilidades, superar limites, praticar e compartilhar convivências sociais, afetivas e cognitivas.

Brincar é também aprender a viver no tempo e na dimensão da criança. Brincar é um modo de viver para muitos, mesmo depois que a infância ficou para trás na sua linha do tempo e, talvez, uma das melhores formas de superar os obstáculos da existência.

Brincar é tema dos filósofos desde o amanhecer do conhecimento e de muitos estudiosos da humanidade. É um assunto sobre o qual não se para de aprender nunca e muito já foi escrito a respeito de algo que nos faz sorrir ou dar gargalhadas.

O Menino Maluquinho, por exemplo, personagem do cartunista Ziraldo, diz: “Quem não leva a vida na brincadeira, não sabe o gosto que é brincar, a pessoa fica adulta e logo fica velhinha, depois, não sei mais o que acontece.”

“Se você não brincar com a vida, a vida brigará com você”, proclama o psiquiatra e autor de inúmeros livros, Augusto Cury.

Na realidade, quanto mais alegre e feliz por brincar no seu tempo, vive para sempre dentro do adulto como fonte de felicidade sempre disponível a socorrê-lo, como bem descreve a composição de Fernando Brant e Milton Nascimento:

Há um menino, há um moleque
Orando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
O sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

Ele fala de coisas bonitas que
Eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor

Pois não posso, não devo
Não quero viver como toda essa gente insiste em viver
Não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me
Alcança o menino me dá a mão
 

Como se vê há sempre uma criança dentro de um adulto e o melhor presente que os adultos podem dar para as crianças e suas crianças interiores são amor e respeito. Todos os dias. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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