PERSONAGEM IBIUNENSE– UM MÉDICO EXEMPLAR
O médico cardiologista Dr. Paulo Naoki Chihara vai muito além do simples, mas eficaz, atendimento aos seus pacientes no Ambulatório de Especialidades de Ibiúna e em seu consultório particular.
Os adjetivos que lhe podem ser atribuídos incluem notável educação, respeito, proficiência, atenção, objetividade. Sua atuação não se resume a dar consultas, mas ensinar os pacientes sobre sua especialidade médica.
É um dos seus hábitos singulares reunir os grupos que o aguardam para lhes dar uma palestra, de fácil compreensão, sobre os cuidados que se devem tomar com o coração.
Com voz calma, e utilizando um coração de plástico, explica a função de cada parte desse órgão vital: miocárdio, valvas, artérias, câmaras, ventrículos e por ai vai. Traduz tudo em termos simples, pergunta se as pessoas têm dúvidas e se estão compreendendo, pormenoriza as doenças e os métodos para descobri-las.
Explica o que é um infarto, porque ele pode acontecer, seja por causas genéticas ou os riscos decorrentes do hábito de fumar, o que é pressão arterial, artérias entupidas, os diversos tipos de exames, como o cateterismo.
Desmistifica crendices perigosas de acharem que a pressão alta provoca dor de cabeça, quando em geral não apresenta sintomas, a não ser em casos graves, como um AVC (derrame cerebral), que às vezes é mortal, assim como o infarto, dependendo do lugar em que ocorre nas coronárias, ou deixa sequelas graves nas pessoas, como paralisias.
Alerta para que as pessoas em tratamento cardiológico, por exemplo para controlar a pressão arterial, nunca devem parar de tomar os medicamentos prescritos pelo médico.
A iniciativa do Dr. Paulo Naoki Chihara faz parte do seu tratamento, por meio da conscientização dos pacientes com o uso de linguagem para leigos compreenderem e, assim, cuidarem bem de sua saúde.
Um dos seus pacientes com mais de 70 anos sofreu uma síncope, do nada. Acabara de escovar os dentes após o almoço, seguia pelo corredor de sua casa quando, de repente, apagou e somente recobrou, aos poucos, a consciência quando já estava no hospital.
Pediu exames e o encaminhou para consulta com um especialista em arritmia. Resultado: foi constatado um problema nos circuitos elétricos dentro do coração. Esse paciente foi submetido a uma ablação, um procedimento cirúrgico feito por meio de cateter para remover ou destruir uma (ou mais) via elétrica defeituosa no coração.
Esse paciente foi submetido a uma tomografia do cérebro que nada constatou, uma ressonância magnética, mas o problema somente foi descoberto por um estudo eletrofisiológico, também por meio de cateter, um tubo plástico de calibre milimétrico e de comprimento variável que é inserido na veia por meio de uma incisão na veia femural, na virilha, e vai até o interior do coração. O paciente nada sente.
Mas o coração, como demonstrou o médico em sua palestra, pode apresentar diversas doenças e cada caso é um caso, pois as pessoas são diferentes umas das outras. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)
