TRÊS ARMADILHAS NO CAMINHO QUE LEVA AO NOVO ESPAÇO CULTURAL

Três bueiros na rua onde atualmente se localiza o Espaço Cultural “João Luiz Cassimiro”, inaugurado há pouco tempo, são armadilhas perigosas a céu aberto para os transeuntes que por ali passam, já que a calçada também é estreita. Basta uma distração ou uma dificuldade de pessoa idosa para que um acidente aconteça.


Ok. É importante abrir espaços culturais na cidade, mas é preciso, também, zelar para que as pessoas cheguem a ele em segurança. Na verdade, esses bueiros já haviam sido apontados pela revista vitrine [versão impressa] na administração anterior que nada fez a respeito. É que havia mais preocupação em realizar shows milionários do que enxergar esse lado simples e cotidiano da vida de um cidadão e de seu direito de mobilidade pública. Afinal, para que servem as autoridades às quais o povo delega poderes para cuidar do espaço público?

Essa rua também tem outra pendência antiga: não há ali, em nenhum lugar, uma placa indicativa do seu nome que, aparentemente, seria o do próprio homenageado que empresta seu nome ao espaço cultural. Na sessão de hoje (13) da Câmara Municipal houve diversas indicações apresentadas pelos parlamentares pedindo providências para exatamente cuidar de buracos em outros pontos da cidade.

Temos que convir que se falta dinheiro para realizar grandes obras, realizem as pequenas, como essas que afastam o perigo do caminho do cidadão.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.