REPÓRTER DA TV RECORD COMENTA O CASO DA AGRESSÃO A ESTUDANTE

O repórter Douglas Dias, da TV Record, que veio a Ibiúna repercutir o caso da jovem estudante violentamente espancada na saída da escola, é entrevistado pela revista vitrine online sobre o que viu e ouviu sobre o caso. Ele responde à seguinte pergunta: como se sente um repórter diante de um fato que, como você acabou de nos dizer, nos faz voltar vários passos em nossa escala evolucionária, à barbárie? Eis sua reflexão que merece ser compartilhada por todos nós.

“Parece uma coisa simples, mas não é. Para quem vê as imagens parece uma briga na saída da escola. Primeiramente não é uma briga. Uma pessoa, de acordo com o que ela mesma diz, é agredida sem mesmo conhecer os agressores. Segundo, é que se trata de um fato muito violento. Ela não tem ferimentos graves, mas poderia acontecer, pois ela caiu, bateu a cabeça na guia, foi subjugada, foi maltratada, foi humilhada na frente das pessoas e isso veio a público. Isso é ruim para a imagem dessa menina, para a família dela que fica envergonhada de ter que vir à imprensa, mas é bom para que as pessoas saibam, para que nós saibamos, o repórter, o advogado, as autoridades, os cidadãos brasileiros. Isso não pode passar batido e desapercebido. Tem que haver mobilização. Se a lei não dá conta de lidar com uma situação dessa, o brasileiro tem que saber o que fazer.”

Integrante da jovem geração dos jornalistas televisivos do Brasil, Douglas Dias é paulista e já está na rua há quase dez anos. Trabalhou na TV Viçosa, em Minas Gerais, uma TV Educativa; depois veio para a TV Record em Franca, por dois anos apresentou noticiário na Record News em Araraquara. Em São Paulo atua há mais de dois anos nos programas noticiosos matinais “Fala Brasil” e “SP no Ar”. A Ibiúna veio para cobrir o caso da estudante agredida para programa “Cidade Aberta”, apresentad opor Marcelo Rezende, cobrindo férias de um colega que atua neste programa.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.