“SITUAÇÃO DA REPRESA ITUPARARANGA É MUITO PREOCUPANTE”, AFIRMA FERNANDO HADDAD

O ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, veio conhecer a situação da represa Itupararanga na manhã de hoje (14).

Ele foi recebido por autoridades municipais, ambientalistas e defensores da represa nas margens localizadas no bairro de Dois Córregos, no município de Ibiúna.

Em entrevista com o jornalista Carlos Rossini, editor de vitrine online, e já veiculada por meio de vídeo, Haddad, depois de ouvir depoimentos de especialistas em meio ambiente e verificar in loco a desoladora situação do reservatório, afirmou:

“A situação da represa Itupararanga é muito preocupante”, assim como “a falta de transparência por parte das autoridades em relação à realidade que se observa.”

Ele apontou “uma irresponsabilidade já antiga” que envolve uma série de medidas que não foram tomadas e que, por isso mesmo, ameaça mais de 1 milhão de pessoas com “insegurança hídrica”.

Entre as medidas apontadas, Haddad assinalou a questão do manejo que poderia evitar a que se chegasse a este estado, o uso das águas por parte das indústrias, a explosão imobiliária na região que significa aumento de demanda de água, a contaminação da represa por despejo contínuo de esgoto sem tratamento, e a necessidade da realização de campanha eficaz visando economizar água nas residências.

Haddad disse ainda que não se pode culpar as autoridades por falta de chuvas, mas sim por não adotarem medidas preventivas, a fim de evitar o sofrimento das pessoas sujeitas a ficarem sem abastecimento na região num futuro próximo.

O pré-candidato petista ao governo de São Paulo argumentou que a recuperação da represa, exatamente por falta de medidas preventivas, vai demorar ainda mais.

Lembrou que ainda faltam 1 ano e meio para que o novo governador seja eleito, o que é um tempo longo demais, pois a situação exige medidas urgentes não pode mais esperar e que o governador Dória deve ser pressionado pela população e forças políticas para que adote providências o mais breve possível.

A certa altura perguntou ao entrevistador: “Veio alguma autoridade do Estado para ver o que está acontecendo com a represa?” A resposta foi: “Não.”

Então, ele concluiu: se não vêm e não conhecem o problema ele não existe. Para resolver um problema é preciso conhecê-lo de perto. (Carlos Rossini é editor de vitrine online).

O cenário visto por Haddad: desolador

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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