IBIÚNA – PREFEITURA EMITE NOTA DE ORIENTAÇÃO AOS USUÁRIOS DE ÔNIBUS DEPOIS DE NOTICIA EM VITRINE ONLINE

Ao todo, entre espectadores dos vídeos e notícias veiculados desde o dia 22 de novembro, quando os terminais de ônibus que funcionavam na Rodoviária foram transferidos para a Rua Guarani, mais de 20 mil pessoas foram atingidas, com grande repercussão pública.

Ontem (7), por coincidência [logo após a divulgação de um novo vídeo e de notícia sob o título “Ibiúna – Usuários de ônibus estão por conta da própria sorte na Rua Guarani”, entrevista feita durante a chuva e frio porque o local não conta com abrigo para proteção dos usuários contra intempéries], a Prefeitura divulgou um anúncio de “Orientação aos usuários de ônibus”

Sucintamente, mas o leitor tem o texto na íntegra na reprodução feita com a foto na abertura dessa matéria, a Prefeitura orienta que os passageiros se abriguem e aguardem no interior do Mercadão Municipal “principalmente nos dias de altas temperaturas ou chuva” até o momento do embarque. O anúncio também informa que as autoridades estão “estudando a melhor forma para que os usuários se sintam protegidos e confortáveis enquanto esperam o ônibus” e esse é a melhor parte da publicação que vem sendo cobrada das autoridades municipais desde a primeira notícia publicada.

BUSCA DA VERDADE

Vitrine online não tem feito outra coisa, como recomendam as boas práticas do jornalismo, senão contribuir com as autoridades cumprindo seu papel de intermediar as relações entre a população e a Prefeitura por meio de notícias. E só não tem feito mais porque as autoridades municipais não têm prestado nenhuma informação, bem como não têm respondido a pedidos de entrevistas ou mesmo de respostas aos questionários que encaminha a elas por meio da Assessoria de Imprensa da Prefeitura.

Ao contrário e desfortunadamente, parece que raras pessoas desnaturadas, ligadas de alguma forma à Municipalidade, parecem ter sido escaladas para, em vez de fazer bom e inteligente uso das notícias, preferem fazer ataques grosseiros, alguns dos quais se escudam por trás de pseudônimos. São afrontas tão vergonhosas quanto levianas e infundadas.

É incrível a inabilidade e o despreparo de algumas autoridades para lidar com o jornalismo despojado de viciosidades tradicionais que tantos males podem provocar a uma cidade.

O fato que resiste nesse contexto é, de um lado, uma claquete que argumenta que o povo tem que compreender que toda mudança exige sacrifícios e, de outro, aqueles que abrangem ampla maioria que defende que a mudança ocorrida deveria ter um planejamento e predição adequados a fim de se evitarem os sofrimentos que temos divulgados quase diariamente.

Por fim, mas não menos importante, os sucessivos governos ibiunenses, por incompetência ou artimanhas, seriam reprovados em todas as provas que dizem respeito ao trato das relações com a sociedade, por meio dos instrumentos de comunicação [imprensa, relações públicas e propaganda], que são utilizados predominantemente em uma via de mão única: de dentro para fora, do alto da pirâmide para baixo.

Só mais duas palavras: vitrine online quer que esse governo dê certo em benefício da população, já exausta de tantas experiências nefastas, e, assim, aplaudirá boas ações, como a reforma tão aguardada da Rodoviária, motivo de escárnio popular por estar vinculada à uma triste imagem estética e ao nojo devido aos odores que emanavam dos seus banheiros repulsivos. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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