REFLEXOS DAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES FORAM UMA LIÇÃO PARA O CARTÓRIO DE IBIÚNA

Hoje pela manhã (25), literalmente, o Cartório Eleitoral de Ibiúna recebeu mais uma ação por parte do ex-prefeito Eduardo Anselmo (PT) contra o atual prefeito, Fábio Bello (PMDB), que deverá correr em segredo de justiça, conforme informação passada para a revista vitrine online. Na verdade, trata-se de uma medida com o objetivo de recuperar o poder perdido.

Isso acontece cerca de um ano das eleições de outubro de 2012 e mostra, como até agora, essas eleições foram as mais atípicas da história política de Ibiúna. O povo está simplesmente cheio até mesmo de falar sobre o assunto, porque de ouvir já não aguenta mais. E diz: “A cidade está parada por causa dessa disputa que parece sem fim.”

Mas se houve um lugar para onde as atenções fluíram intensamente, este foi o Cartório Eleitoral, onde atuam Marfisa Freitas de Souza, chefe do Cartório Eleitoral, e as auxiliares Luciane Aparecida Soares Vieira, Aparecida de Fátima Ribeiro da Luz, Viviane Guerra Ribeiro e Heloise Aparecida de Oliveira Soares.

“Nossa missão é cumprir as ordens do juiz e dos tribunais”, informa Marfisa, mas a gente aprendeu que “não é porque uma eleição deu um resultado que o processo ocorra necessariamente de modo automático”. Depende de uma série de fatores, complementa, se referindo à situação real de Ibiúna em que um candidato recebeu a maioria dos votos que foram anulados porque sua candidatura estava impugnada e o candidato que teve a segunda posição em número de votos assumiu o poder no dia 1º de janeiro. Recentemente, e de acordo com as decisões da Justiça

Eleitoral, Fábio Bello teve legitimada sua candidatura, foi diplomado e tomou posse do governo municipal.

Durante esse longo processo de disputa, o Cartório Eleitoral se transformou num centro de informação com um número imenso de ligações de toda a parte do município. Gente querendo saber o que ia acontecer ou o que tinha acontecido, advogados entrando com processos, de parte a parte, jornalistas e político buscando informações.

Agora com os procedimentos do juiz eleitoral que definiram a situação, o ambiente está mais calmo, e se cumpre a rotina do dia a dia, mas certamente como as cinco funcionárias concordaram “essa foi uma experiência marcante e que muito nos ensinou para tratar de situações de incertezas”.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.