IBIÚNA – CHOVE NO PSI E EM QUARTOS DO HOSPITAL MUNICIPAL

“Esse é o primeiro passo para transformarmos o nosso Hospital Municipal em uma referência. Esse é nosso objetivo e é para isso que estamos trabalhando. Vamos, juntos, reconstruir Ibiúna”, disse o prefeito de Ibiúna, Paulinho Sasaki (PTB).

Essa afirmação foi feita pelo prefeito em fevereiro de 2021, quando anunciou o início das obras de substituição do telhado do Hospital Municipal. Essa medida foi adotada visando resolver os problemas de infiltração de águas das chuvas e de bolor nas dependências internas.

O prefeito anunciou também que as telhas instaladas constituem um “sanduíche”, ou seja, duas camadas de aço inoxidável com uma camada de isopor entre as duas, para melhorar as condições térmicas e acústicas.

A obra em si foi executada em três etapas e concluída em meados de 2022 com a promessa do prefeito de que após sua conclusão haveria uma reforma geral no hospital.

CHOVE DENTRO DO PSI

No entanto, no dia 15 último, choveu dentro do Pronto Socorro Infantil –PSI [leia editorial publicado por vitrine online]. Um vídeo foi postado nas redes sociais para surpresa e espanto da população, já que uma reforma no próprio PSI tinha sido concluída em julho deste ano.

Foto extraída de vídeo: mostra a situação no Pronto Socorro Infantil no dia 15 último

CHOVE EM QUARTOS

No domingo, dia 19, qual não foi a surpresa. Um novo vídeo mostrava a chuva, desta vez dentro do quarto com pacientes que tiveram que ser removidos para outro, onde também pingava água do teto.

Isso levou a neta de um senhor que estava internado ali a uma manifestação pública. Ele estava internado aguardando transferência para um outro hospital e já se encontra em Sorocaba.

A jovem postou o vídeo e sua indignação em um grupo social de Ibiúna. A mensagem já não se encontra mais, pois foi apagada. Eis sua manifestação, na íntegra:

‘SITUAÇÃO PREOCUPANTE’

Gostaria de expressar minha insatisfação em relação às condições do hospital [Hospital Municipal de Ibiúna], onde, infelizmente, tem observado que as chuvas estão alagando os quartos. É preocupante que um local destinado à saúde apresente tais problemas estruturais, comprometendo o conforto e a segurança dos pacientes.

Acredito que a manutenção adequada é crucial para garantir um ambiente propício à recuperação e ao bem-estar dos pacientes. Peço que a administração do hospital tome providências urgentes para resolver essa situação e assegure a qualidade das instalações, já que não obteve retorno por mensagem venho através da rede social para compartilhar a falta de respeito e de vontade de muitos.

Meu avô foi internado na sexta para aguardar a transferência para passar por uma cirurgia em Sorocaba e até o momento nada, ele com uma ferida enorme exposta em um ambiente onde chove mais dentro do que fora, os pacientes foram trocados de quarto, porém a chuva também está entrando neste.

Espero que as pessoas no “poder” parem de fazer promessas e comecem a agir de uma maneira eficaz para que todos tenham acesso adequado à saúde.

Agradeço pela atenção e espero que medidas sejam tomadas para garantir a melhoria das condições no hospital.

Compartilhe para que este poste alcance mais pessoas.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *