LIVRO NARRA A SAGA DE ZEZITO FALCI, O MAIS ILUSTRE PREFEITO DE IBIÚNA

Eleito três vezes vereador e duas vezes prefeito, cargo que ocupou por dez anos, José Vicente Falci – Zezito Falci, como é lembrado até hoje pela população, marcou época na história política do município como o mais notável, aclamado e realizador prefeito da cidade.

O historiador José Gomes Linense, que conhece a história da cidade como a palma da mão e possuidor de uma memória privilegiada, não titubeia em responder:

“Zezito Falci foi o melhor prefeito de Ibiúna, o que mais atendeu ao povo, o que mais realizou. Para ele não tinha tempo ruim, estava sempre disposto e perseverante.”

A partir de agora a população ibiunense terá a oportunidade de conhecer a saga de um homem que soube, como raramente acontece no mundo da política, ouvir o povo e estabelecer relações com autoridades públicas federais e estaduais e obter recursos para melhorar as condições de vida dos cidadãos de sua terra.

Na visão de Zezito Falci, a cidade deveria ser bem administrada como uma empresa. Precisa dar lucro para ser transformado em investimento à sociedade, gastando menos do que arrecada.

“FIRME POR IBIÚNA”

Com 172 páginas, o livro é escrito com simplicidade e enriquece a reflexão sobre o mundo da política ibiunense

No dia 3 de fevereiro próximo, às 19 horas, no salão de recepções do Hotel Terra Preta, localizado na Avenida São Sebastião, nº 90, haverá o lançamento do livro “Firme por Ibiúna – Zezito Falci, o Prefeito do Povo”, escrito pelo irmão caçula de Zezito, o educador, cidadão e escritor Luiz Antônio Falci.

Ao descrever a trajetória do irmão mais velho, Luiz Antonio na verdade revela a própria história de Ibiúna, porque ambas se confundem na narrativa rica em pormenores desconhecidos pela população.

A ideia central do livro parece estar contida na última capa. Trata-se da transcrição do Salmo 72. A família Falci mantém uma tradição religiosa marcante:

“Que ele governe teu povo com justiça e teus pobres conforme o direito. Que seu nome permaneça para sempre, e sua fama dure como o sol.”

O primeiro livro escrito por Luiz Antônio Falci e publicado em 2019, chama-se “Semeando o Bem Viver”, que reflete a sensibilidade de um observador da vida ao seu redor.

Agora, a segunda obra, “Firme por Ibiúna” apresenta os principais momentos vividos pelo seu ilustre irmão, Zezito Falci, que virou um mito ibiunense, pela excelência em administração pública.

A leitura é fácil e simples. O livro está distribuído em capítulos curtos, entremeados por acrósticos, ilustrado por fotos em preto e branco. Mostra figuras notáveis da história política nacional, entre eles presidentes da República, governadores, deputados estaduais e federais, depoimentos e testemunhos.

Os leitores também serão brindados com dados históricos desde a fundação de Una – Ibiúna.

Há os relatos das obras realizadas pelo carismático Zezito Falci que consubstanciam e ratificam o motivo pelo qual pode ser considerado um marco entre modelos arcaicos de administração pública exercidas por décadas no município. Sua figura emerge como um divisor de águas entre a estagnação e o progresso, assim aponta o livro.

Há na obra duas declarações incisivas de Zezito Falci:

“Eu faço política com muito trabalho e o povo de Ibiúna é o melhor juiz da minha administração.” (Pág. 67)

Em um discurso feito diante do então governador Franco Montoro e de várias autoridades estaduais, declarou:

“Sou político nato e sinto verter em minhas veias o sangue do soldado democrata, que se desespera quando vê sua pátria nas mãos de corruptos e incompetentes.” (Pág. 95)

Há também uma jovial metáfora repetida três vezes no livro. Zezito “via” Ibiúna como uma menina malcuidada e queria transformá-la “numa moça bem cuidada”, junto com o povo, com o qual mantinha um relacionamento próximo e significativo, não raras vezes tomando um cafezinho na roça passado em coador de pano e recheado de uma boa e agradável prosa. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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