IBIÚNA – A CORRIDA DOS PRÉ-CANDIDATOS AO CARGO DE PREFEITO

A corrida por apoio, alianças e definição de estratégias dos pré-candidatos ao cargo de prefeito nas eleições do dia 6 de outubro deste ano está em curso de modo discreto como convém aos acordos políticos.

Levantamento feito hoje por vitrine online sinaliza, até o momento, a existência de 6 pré-candidatos: (Tenente) Adilson Ribeiro (União Brasil); Antonio Carlos de Moraes (Mobiliza); José Vicente Falci Filho (ainda sem partido); Mário Pires (Republicanos); Odir Bastos (ainda sem partido); Paulo Sasaki (PTB); Renan Godinho (Podemos).

O PT também deverá indicar um nome que poderá ser conhecido dentro dos próximos quinze dias, aumentando assim para 7 pré-candidatos. Também pode ocorrer o advento de pré-candidatos temporões, fruto de uma eventual estratégia, para fragmentar votos em benefício próprio.

A falta de uma mulher na corrida eleitoral nesse cargo em Ibiúna é uma triste constatação de um tradicional machismo que impera no município. Até os dias de hoje, somente duas mulheres se dispuseram a candidatar-se sem, entretanto, saírem vitoriosas. Como seria Ibiúna com uma prefeita?

Há sinais aparentes, ainda não detectados por uma pesquisa feita com metodologia científica, de um avanço no senso crítico da população ibiunense com referência aos atuais detentores do poder na cidade, apontando um claro descontentamento.

Isso se observa facilmente nos comentários negativos feitos nas redes sociais em relação ao serviço público de saúde, ao famigerado transporte público da população, da interminável rodoviária, por exemplo, em meio ao extraordinário esforço da autoridade pública de mostrar “serviço” com reinaugurações de prédios públicos pintados com um azulão inexplicável. Isso sem contar com mensagens de caráter otimista como se fosse possível substituir a dura realidade dos fatos.

Algumas sondagens ou enquetes estão sendo feitas para tentar descobrir como anda a mente dos eleitores exatamente para orientar condutas, a fim de realizar conquistas decisivas em forma de votos, que serão disputados dentro de uma régua que vai da ética elementar a mais deslavada corrupção de variadas formas de compra de votos.

Mas, aparentemente, o foco de atenção da absoluta maioria da população continua sendo a sobrevivência no dia a dia, com os preços dos produtos de primeira necessidade sofrendo aumentos consideráveis nos últimos meses. Além disso, a falta de empregos, sobretudo para jovens, continua sendo um sério problema.

Como ninguém possui uma bola de cristal que possa antecipar quem será eleito, o que se observa no meio da própria população é um sentimento paradoxal que se resume no seguinte aspecto: se vocês votarem nos mesmos, novamente, terão os mesmos problemas que não foram resolvidos.

Em suma, as pessoas estão criticando umas às outras por votarem naqueles que em vez de resolver problemas, os criam, até mesmo como modo de governar, partindo do execrável princípio de que “o povo gosta de ser enganado e de sofrer”. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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