IBIÚNA ELEIÇÕES 2024 – RIVALIDADES POLÍTICAS “CEGAS” TRAVAM PROGRESSO DA CIDADE

Vitrine online, visando a contribuir jornalisticamente com o processo eleitoral deste ano no município de Ibiúna, inicia hoje (19) uma série de publicações em prol do voto popular livre e consciente.

FALTAM exatos 230 dias para a definição eleitoral de quem serão os ocupantes desses dois prédios: sedes dos poderes Executivo e Legislativo [foto acima], a partir de 1º de janeiro de 2025.

Nunca cheiraram bem, em Ibiúna, os modos como as rivalidades político-partidárias se manifestaram no âmbito dos bastidores, especialmente nos períodos que antecedem a corrida eleitoral.

Tá bom, os mais apressados logo dirão: “Mas isso não acontece só aqui em nossa cidade!”

Estão certos. Nós fazemos parte de uma cultura nacional que, invariavelmente, inclui o jogo sujo tanto para os protagonistas conquistarem o poder, quanto para nele se manterem.

Este ano, é provável, não deverá ser diferente. Talvez nos falte a elegância de sociedades mais evoluídas como a Noruega ou a Suécia, onde ministros precisam pegar o metrô para chegarem em seus gabinetes, por não contarem com a mordomia tupiniquim.

Aqui mesmo, em nossa querida cidade, onde muitas vezes se nota a escassez do polimento verbal entre adversários, certos personagens porejam maledicências, tomando o devido cuidado em relação aos ouvidos que se encontram próximos.

A indústria da fofoca produz não apenas abundantemente, mas não tem controle sobre a forma rápida como o dito acaba chegando ao conhecimento do alvo que, por sua vez, se estiver no mesmo plano de baixaria, faz uso do seu tacape verbal, como devolutiva para o que qualifica de uma injustificada má-fé.

Se esse fenômeno fosse um acontecimento de valor secundário, até mesmo desprezível do ponto de vista da moral pública, vá lá que poderia não passar de uma forma de demonstrar uma cultura intelectual diminuta.

Mas, não! Se em vez de perder tempo com essas impropriedades e inconveniências os candidatos se preparassem para realizar um bom governo, tecendo, com sua equipe, planos adequados para solucionar problemas muitas vezes crônicos na cidade, a sociedade teria razões de sobra para ter esperança. O candidato que está maduro para vencer uma eleição é o cara que está pelo menos uma oitava acima de comportamentos vulgares e medíocres.

Ibiúna, gente, está a merecer um destino melhor faz décadas. Se você encostar o ouvido com sensibilidade no peito de um ibiunense ouvirá dele queixas acumuladas há muito tempo na garganta.

Entra ano sai ano, assistimos a repetição e ocorrência dos mesmos problemas nas áreas da saúde, da educação, das estradas, da coleta e destinação do lixo, do transporte público, da falta de empregos, especialmente para os jovens.

Até agora, passados 23 anos de sua instituição como estância turística, continuamos na estaca zero do ponto de vista da construção de estruturas de acolhimento de visitantes que se destinam, em cada fim de semana, a municípios congêneres, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Em suma: progresso.

O exemplo mais clássico desse cenário é o terminal rodoviário que entrou em reforma no dia 21 de novembro de 2021 e que somente agora, e com imenso atraso, que criou toda sorte de sofrimento para os usuários do sistema de transporte no município, deverá concluída e inaugurada em março de 2024, num ano eleitoral…

Nunca se viu na história recente do município de Ibiúna uma convergência tão notória de repúdio da população a uma obra da maior importância para a mobilidade pública. Afinal, uma rodoviária tem tudo que ver com a movimentação turística.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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