SAÚDE PÚBLICA EM IBIÚNA – AGENDA COM CARDIOLOGISTA SÓ EM 2026

As queixas em relação aos serviços de saúde pública, abrangendo o hospital municipal, o centro de especialidades, a rede básica por meio de postos de saúde, os CAPs, confirmam que esse setor continua sendo o maior desafio às autoridades do município de Ibiúna.

O atual governo completa nove meses de governo neste setembro. Está diante de um processo licitatório travado por uma medida judicial do Igats, empresa que gerencia o hospital, e um plano que revolucionaria todo o sistema de saúde congelado pelo mesmo motivo.

As reclamações dos pacientes prosseguem nas redes sociais. Considerando que o prefeito não tem poder de estar em todos os lugares públicos e, portanto, possa desconhecer alguns fatos,  vitrine online faz um relato parcial de suas apurações feitas nos últimos dias, considerando estar contribuindo para o encaminhamento de soluções.

CENTRO DE ESPECIALIDADES

O centro de especialidades não consegue atender à demanda, em geral com demora de meses, apresentando algumas situações preocupantes como é o caso da cardiologia.

Hoje, se uma pessoa precisa marcar consulta com um dos dois cardiologistas disponíveis será atendida somente no próximo ano.

HMI

No hospital municipal as reclamações prosseguem em torno de falta de médicos, demora no atendimento.

ATENDIMENTO

Nas sondagens de opiniões que temos feito, não houve nenhum caso de queixa em relação aos profissionais de saúde cujo esforço para assegurar bom atendimento tem sido notório. Aliás, ouvimos que é graças ao modo abnegado com que vêm atuando que a situação não se complica ainda mais. “Eles estão segurando um rojão”, disse um paciente.

Isso aponta para aquilo que se pode chamar de óbvio: o problema que envolve o hospital e os demais setores que atuam na saúde é de natureza estrutural.

ORTOPEDIA

Pessoas com problemas ortopédicos esperam atendimento no raio-X em pé
Na sala de espera da ortopedia havia pelo menos três cadeiras danificadas: risco para os pacientes

Nesta quinta-feira (4) pudemos constatar diversos tópicos que poderiam ser evitados se os responsáveis diretos pelo setor de saúde, mesmo com a licitação bloqueada, vistoriassem e tomassem as providências.

Uma senhora que esperava por atendimento médico foi sentar-se em uma cadeira na sala de espera e por pouco não caiu de costas porque a cadeira estava quebrada. Havia outras duas na mesma condição.

Ironicamente, pacientes com problemas ortopédicos (fraturas, por exemplo) têm que esperar pelo atendimento no rádio-X de pé por falta de bancos. Há apenas um para poucas pessoas sentarem.

Depois da espera e de passarem pelo raio-X e de terem que retornar ao médico para nova avaliação descobriram que o sistema de transmissão de imagem para o computador do médico não estava funcionando.

Tentou-se improvisar com fotografias tiradas pelo celular para mostrar para o médico. Mais tarde o problema foi superado e o médico começou a receber os exames.

CLIMA

Durante o processo de escuta jornalística ficou patente um descontentamento crescente tanto no ambiente do funcionalismo, ainda que silencioso e discreto para autoproteção, quanto na população, em relação aos procedimentos da administração municipal. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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