MULHER DOA RIM E SALVA VIDA DO MARIDO; AGORA QUER RIM DE VOLTA PORQUE FOI TROCADA POR OUTRA
Os rins do marido já não funcionam e ele corre risco de morte, pois não se trata de fazer hemodiálise, mas de um transplante. A mulher, então, doa um dos seus rins ao marido [uma pessoa pode viver só com um rim funcionando] e salva-lhe a vida. O homem fica bom, arranja uma amante [amiga de sua mulher] e abandona a esposa. Agora, a esposa quer seu rim de volta.
Essa história, sintetizada aqui, foi contada hoje pela manhã (29) pelo conhecido apresentador de rádio Eli Correia, que tem exatamente nas mulheres o seu maior público todas as manhãs pela Rádio Capital.
Fatos como esse fazem parte do cotidiano da vida real e envolvem a posição da mulher na sociedade comandada pelos homens, o comportamento ético e moral das pessoas e, finalmente, nos leva a indagar o que é o amor, como perguntou esta semana a personagem Linda [autista] da novela “Amor à vida” do escritor e jornalista Walcir Carrasco, que foi meu colega de redação de política na “Folha de S.Paulo” nos anos de 1980.
“O que é o amor”?, pergunta Linda ao jovem advogado Rafael, que lhe acaba de pedir em casamento.
Caraca! A mulher doa um rim, salva o marido e este, em troca, abandona sua companheira. Arranja outra com a qual vai embora. E se ela ganhar na Justiça o direito de ter seu rim doado de volta, como ficaria a situação do seu ex? Bem é pouco provável que isso aconteça, mas o que dizer desse comportamento que parece coisa de novela, mas é um fato da vida real?
Todos os dias, sem exceção, os programas policiais da TV como “Cidade Alerta” e “Brasil Urgente”, apresentados respectivamente por Marcelo Rezende [agora de férias] e Luís Datena mostram mulheres sendo vítimas de toda sorte de agressão por homens extremamente desumanos e perversos. Ferem, manipulam e matam suas companheiras muitas vezes por motivos banais porque são loucos e não sabem disso. Desconhecem que fazem parte de uma sociedade doente, que distribui a miséria econômica, psíquica e social abundantemente e torna os indivíduos reféns da própria ignorância.
É oportuno lembrar que entre esses caras se encontram muitos desempregados crônicos, pessoas que são dependentes de drogas e/ou alcoólatras, que, infelizmente, primeiro seduzem as mulheres de forma marota e, depois, tomam conta da situação como se elas fossem suas propriedades.
Diabólicos, dão chutes, pontapés, pauladas, facadas e até mesmo de alguma forma “retiram” um rim para salvar a própria vida e como se diz na gíria de mau gosto “dão o pinote” de modo infantil, irresponsável, imaturo. E ainda dizem que elas são o “sexo frágil”. Mulheres, uni-vos! (C.R.)