OPINIÃO – O TAXISTA E O SEGUNDO SEMESTRE
Tomo um táxi para voltar para casa. Minha cabeça está cheia. O governo perdoou uma dívida de mais de R$ 2 bilhões das empresas de convênios médicos, a presidenta da Petrobrás afirma que a compra da petrolífera de Pasadena, nos EUA, não foi um bom negócio [tradução encheu os bolsos de alguns maus brasileiros e deu prejuízo para todos os brasileiros], um pai idiota, médico, do Rio Grande do Sul, mancomunado com sua amante, que mata Bernardo, de onze anos – foi triste ver a notícia, a maldade de bestas feras [o pai conivente, a atual mulher do médico, sua amiga também enfermeira] contra uma criança que já havia perdido a mãe, num suposto e agora suspeito suicídio.
A Fifa comemora a venda do último lote de entradas para os jogos da Copa, mais homens matam suas esposas ou amantes, outros violentam e matam crianças, o sangue escorre pela tela da TV, a impiedade toma conta do Brasil varonil.
O programa Mais Médicos definitivamente libertará o Brasil da crônica situação de miserabilidade da saúde pública. O cheiro de enxofre se espalha pelos quatro cantos do País num dos mais alarmantes momentos de violência jamais vista. O Estado é incapaz de assegurar a segurança pública e já se vê obrigado a mobilizar as Forças Armadas [Rio e Bahia]. As armas nas mãos de “menores” fazem a festa estourando miolos de trabalhadores que, já avisados pela polícia, nem sequer reagem aos assaltantes. A frieza de atirar por atirar, para matar, para chegar à quadrilha com banca de herói, contador de vantagens. A vida reduzida ao valor nulo. Riem diante da polícia e das câmeras de TV. A impunidade tem multiplicado os crimes a mancheias. O medo e o terror filtram os sentimentos das pessoas. E os cretinos psicopatas encoxadores de mulheres nos trens, no Metrô, nos ônibus, refletem a morbidez da sociedade.