SAÚDE – FIQUE BEM COM SEU CORPO E SUA MENTE EM 2016

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Roberto Kalil Filho, 54, um dos mais renomados cardiologistas brasileiros, é categórico quando lhe perguntam o que devem fazer para manter a saúde em dia: “Caminhar uma hora por dia, todos os dias.” Segundo ele, não é preciso correr, “só andar já é suficiente para prevenir a saúde não apenas do coração, mas de todo o corpo e também da mente”.

Há mais de 2500 anos, Tales, filósofo grego, já dizia algo parecido que foi traduzido para o Latim pelo poeta Juvenal: “Mens sana in corpore sano” [“Mente sã num corpo são”] que é dito até nossos dias. Juvenal queria dizer que “o que uma pessoa mais deve desejar na vida é o equilíbrio físico e mental”.

As cidades abriram novos espaços em suas vias urbanas, academias de ginásticas se espalharam por todos os cantos e se tornaram os templos para todos os gostos, desde aqueles que querem sentir simplesmente bem-estar aos que desejam adquirir corpos apolíneos e que turbinam o curso natural dos hormônios.

Mente e corpo são um só e interagem entre si, um depende do outro para funcionar bem. Assim, tanto a mente saudável contribui para a saúde do corpo, quanto o corpo saudável contribui para o bom funcionamento mental.

Se os exercícios físicos ajudam a saúde do corpo, como podemos saber que nossa mente está em ordem? Essa pergunta é objeto de estudo e pesquisa da neurociência, mas há pelo menos cinco dicas [teste em você mesmo] que indicam como podemos estimular nossas mentes a funcionarem bem e até mesmo contribuir para retardar seu envelhecimento.

  1. seja curioso e procure sempre aprender coisas novas;
  2. utilize sua capacidade criativa para resolver problemas e mudar seus pensamentos;
  3. mova-se nos sonhos e em suas realizações;
  4. procure viver em estado de amor com a Natureza e tudo que nela existe, incluindo pessoas, animais e a si mesmo;
  5. livre-se da rotina tanto quanto puder e do sedentarismo [vida significa movimento].

Como não há como impedir o envelhecimento do corpo e da mente para sempre, é importante saber que a juventude ultrapassa nosso ser biológico. Ela na realidade pode se configurar como um “estado de ser” que implica alegria e prazer de viver e estabelecer relacionamentos significativos com os outros.

Professor da Universidade da Califórnia (EUA), James Birren contava oitenta e três anos, quando declarou: “À medida que o ser humano envelhece, ele precisa saber que sua vida teve um significado, que não transcorreu em vão.” É importante que os idosos possam exercitar a lembrança relembrem dos acontecimentos de suas vidas, num processo autobiográfico que produz benefícios psíquicos e físicos.

Em resumo, a pessoa aumenta sua autoestima que é “um dos elementos mais relevanes para a longevidade humana” e segue adiante tendo bons motivos para se divertir com a própria mente em ação.

Autor de mais de duzentas e cinquenta publicações nessa especialidade, Birren explica: “As pessoas discutem questões sobre temas básicos da vida, e essas questões evocam a memória delas.” A cada semana, elas escrevem duas ou mais páginas sobre um tema, como família, trabalho, direito, saúde, caminho espiritual; depois os grupos são divididos e as pessoas compartilham suas histórias.

Ele diz que havia se aposentado três vezes, mas que decidiu continuar sua vida com o que mais gostava de fazer: aprender coisas novas.

Birrem informa que existem pessoas com idade acima dos cem anos “vivendo sozinhas e sustentando a si próprias”. Mas que, de modo geral, “se hoje as pessoas têm uma vida mais longa, não sabem como usá-la”. E essa foi a razão pela qual criou a “autobiografia orientada“, como um novo caminho para se viver bem uma vida longa.

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.