O MAIOR PRESENTE PARA UMA CRIANÇA É FEITO DE QUATRO LETRAS: AMOR

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Neste Dia da Criança, vitrine online propõe a todos os pais – na verdade a todas as famílias – que, sem demora, assistam ao documentário “O Começo da Vida”, escrito e dirigido pela cineasta paulistana Estela Renner, 42 [completa 33 nesta quinta-feira, 13], e lançado em maio deste ano. Trata-se de uma dádiva imperdível, urgente mesmo, para quem mantém a esperança de que o mundo pode ser melhor”.

“Os bebês são os grandes inovadores do mundo. Os primeiros anos de vida são essenciais para a formação do ser humano. Se a gente quiser construir um mundo totalmente novo, agora, como ele seria, por onde devemos começar?” – perguntava-se a si mesma a diretora do filme. A resposta que encontrou [“quando a ficha caiu”], veio depois de ressalvar que não somos formados apenas por uma herança genética, mas também pelas interações que temos com o mundo:

estela“A gente se forma através das relações de amor com nossa mãe, pai, irmãos, avós, professor e ainda com a Natureza, nas buscas que fazemos, nas histórias que são contadas para nós.”

O resultado cinematográfico, com tomadas de depoimentos em nove países, é magnífico, capaz de comover e despertar pessoas minimamente sensíveis para a construção de um novo mundo, a partir da descoberta de fatos simples como “os bebês são os grandes inovadores da humanidade”.

“Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda”, observa Raffi Cavoukian, fundador do Centre for Child Honouring [Centro de Honra à Criança]. Ele, de um modo sintético, está dizendo, de outra forma, que ao mudarmos a atenção e os cuidados com as crianças [que são o futuro da humanidade], toda a história será mudada.

Um provérbio chinês – que também aparece no documentário de Estela Renner – ensina que “os pais são os melhores professores dos seus filhos”.

Do pediatra Charles A. Nelson, da Harvard Medical School, ouvimos: “Os primeiros anos são como construir a estrutura de uma casa. Você constrói a estrutura sobre a qual todo o resto se desenvolverá.”

Os ensinamentos continuam: “A brincadeira é o principal veículo para o aprendizado da criança. A criança aprende brincando. Um ambiente familiar seguro inspira confiança na criança. Para a criança, tudo tem vida, tudo tem alma. Uma criança é empática e fala até com uma flor. A criança aprende experimentando a vida. Conversar é um estímulo para o desenvolvimento da criança. Para a criança, brincar é objetivo por si só.”

MUNDO MELHOR

O mundo melhor que se esboça no desenrolar do documentário aponta para a construção de novos seres, autônomos, produtivos, saudáveis e isso implica naturalmente na diminuição das desigualdades socioeconômicas e na prática da justiça social em escala mundial.

É então preciso ajudar os adultos a que tenham essa compreensão para se relacionar com seus filhos ou as crianças de modo geral, pois a diferença entre um mundo melhor ou pior está nas primeiras relações dos pais com as crianças, especialmente a mãe.

O COMEÇO DA VIDA

Por tudo isso, sugerimos: assistam ao documentário. É uma preciosidade! Em sua apresentação você conhecerá os fundamentos que o tornaram uma realidade para o mundo. “Um dos maiores avanços da neurociência é ter descoberto que os bebês são muito mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os seres humanos encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações e do ambiente em que estamos inseridos.”

“O Começo da Vida convida todo mundo a refletir como parte da sociedade: estamos cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade?” (Carlos Rossini)

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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