DIA MUNDIAL DO SONO – DORMIR É UM TORMENTO PARA 73 MILHÕES DE BRASILEIROS

Hoje (16 de março) é o Dia Mundial do Sono e os dados de uma pesquisa são de tirar o sono. Nada menos do que 73 milhões de brasileiros têm dificuldades para dormir. As principais delas são a insônia [dificuldade prolongada e anormal para adormecer] e apneia [suspensão momentânea de respiração].

Por meio do sono, que é a suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial [ou seja dos órgãos do sentido] e motora voluntária [as pessoas não se movimentam por vontade própria], as pessoas repousam, descansam, equilibram a energia e sonham.

Dormir é extremamente importante para a manutenção da saúde física e mental dos indivíduos. Para alguns, ficar muitos dias sem dormir pode levar a estados alucinatórios ou sérias alterações perceptivas da realidade.

Na escala de motivos que perturbam o sono dos brasileiros se destacam as preocupações financeiras, o uso de tecnologias antes de ir para a cama, como ficar ligado na TV, em games, zapeando ou vendo as postagens na internet. Existem certamente outros tipos de transtornos que podem dificultar o sono, assim como clínicas especializadas em tratar esse problema.

Talvez aí se possa incluir a violência que tomou conta do País e que eleva a tensão provocada pelo medo diário de sair às ruas, as incompetências das autoridades em se responsabilizar pelas suas obrigações para com o povo e assegurar as mínimas condições de empregabilidade, educação, saúde, ambientais, mobilidade, e a quebra da esperança no futuro que contribui para elevar as taxas de ansiedade.

Os medicamentos psiquiátricos para atenuar os sintomas desagradáveis e facilitar o sono se vendem em braçadas. É cada vez mais raro conhecer uma pessoa que não faz uso de uma ou outra droga, às vezes combinadas, para enfrentar seus fantasmas e estado constante de inquietação.

Viver é cada vez mais barra pesada e, pelo jeito, está ficando cada vez mais perigoso e as pessoas sabem ou intuem essa dura realidade que provoca agitações que se percebe mais na hora em que as pessoas deveriam se sentir livres para descansar, mas se sentem reféns de estranhos pensamentos, imagens e sensações indesejadas que brotam em suas mentes. (C.R.)

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *