GRUPO DE WHATS QUER CONTRIBUIR PARA “PÔR IBIÚNA NO CAMINHO CERTO”

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Lançado há cerca de um mês por Suzana Silva (Piaí) e Ronaldo Pacheco (Patrimônio do Carmo), o grupo de WhatsApp “Eu amo Ibiúna” mostra um vigor incrível com notável quantidade de postagens entre os seus integrantes. O ritmo vertiginoso de manifestações chega mesmo a criar um desafio para quem quiser se manter atualizado.

Um dos seus pleitos encontrou resposta ontem (3) quando ficou oficialmente acertada uma data para início do processo de transição do atual para o futuro governo de Ibiúna. O prefeito eleito, João Mello, anunciou, a propósito, que “após nossa solicitação de transição de governo, o prefeito Fábio Bello, autorizou que isso venha ocorrer a partir do dia 5 de dezembro”. Polida e diplomaticamente, assinalou: “Ficamos felizes em saber que o atual governo está disposto a contribuir com este momento importante para o município.”

Vitrine online apurou que, na realidade, a data mais provável para a realização dos primeiros contatos para passagem de informações será o dia 15 de dezembro, prazo curto, se considerada a necessidade de se desvelar a esfíngica complexidade administrativa da cidade.

Na verdade, como aconteceu em São Paulo e em muitos outros municípios, a transição já deveria ter começado, pois o tempo é um recuro precioso para se tomar conhecimento  da situação real em que se encontra a prefeitura e assunção do seu comando.

Suzana Silva, uma das maiores ativistas do grupo, publicou um arrazoado em defesa da transição e apontou uma relação de dados imprescindiveis que precisam ser do conhecimento do futuro governante da cidade.

ronaldoAlém dela, se destacam Ronaldo Pacheco, Rubens Pinheiro, Luiza Pires, Marco Aurélio Franco, Rodrigo Tavares, Jefferson Machado, Cresline Bagio, Giovanni Ramos, Orlando Latarulo, Jackline, entre outros.

Mas é, sem dúvida, aguerrido, e procura promover ações solidárias que vão desde doação de sangue no Banco de Sangue de Sorocaba, arrecadação de brinquedos, roupas e alimentos destinados a doação para crianças carentes no Natal; ajuda ao Pablo, dois anos, e à sua família – o menino sofre de uma enfermidade ainda não diagnosticada e precisa fazer exames especializados – da campanha para fazer com que se inicie, enquanto antes, o processo de transição do atual para o futuro governo de Ibiúna.

Um dos capítulos que tem sido objeto do grupo é o Hospital Municipal em relação ao qual denuncia falta de água, de alimento [a salsicha virou símbolo alimentar para os pacientes], de remédios, de médicos, de responsabilidade do Executivo.

suzanaUm dos maiores frequentadores do “Eu amo Ibiúna”, Carlos Pissarro, que recebe denúncias de toda parte do município, chegou a ser chamado de “Pai da Facção”, como o grupo é chamado por supostos opositores, afirmou à vitrine online que um dos objetivos de ação “é acabar com o assistencialismo e contribuir para que Ibiúna encontre e siga o caminho certo”. Nesse propósito, os vereadores, em especial, estarão sob uma lupa crítica implacável.

Cerca de cinquenta pessoas já integram o grupo “Eu amo Ibiúna” que tende a crescer por conta da necessidade de se promover ajuda a pessoas carentes e defender seus direitos perante responsabilidades e deveres de autoridades públicas.

Um outro grupo de WhatsApp está atuante. Chama-se “Carmo Messias 24 horas” e tem um enfoque mais relacionado aos assuntos de interesse dos bairros Carmo Messias, Verava, Grilo, Ribeiro, etc.

NA VELOCIDADE DO WHATS

Para além dos grupos sociais que agem por meio do Facebook, os grupos do WatsApp ganham em velocidade real, cobrindo os fatos instantaneamente, ao vivo, e isso vem fazer uma diferença em relação ao fluxo do tempo. Um flagra dentro do hospital, por exemplo, ou um assalto no Terminal Rodoviário entra no ar – imagem, som ou texto – no momento em que o fato está acontecendo. E provoca, igualmente, respostas e comportamentos sociais.

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Esse contexto dinâmico, sem dúvida, promete mudar as relações entre cidadãos e da comunidade consigo mesma, com um potencial mobilizador jamais visto antes, formando uma rede social de ação rápida.

Imprescindível, no entanto, que sejam tomados alguns cuidados de natureza ética e moral, pois o “sucesso” de um grupo como esse precisa se sustentar na própria credibilidade e respeito entre seus participantes e em relação aos fatos e pessoas que são alvos de suas manifestações.

Outro aspecto relevante é valorizar o espaço-tempo proporcionado por esse impressionante meio de comunicação, enriquecendo as entradas, a fim de não haver um congestionamento incontrolável de “notícias”, sem mesmo haver tempo para conhecê-las e avaliá-las corretamente. Por último, mas não menos importante, é necessário que cada um se eduque para transmitir informação com clareza e verdade, ainda que de modo sucinto.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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