“ÂNSIA FISCALIZADORA ATRAPALHA A ADMINISTRAÇÃO”, DIZ CARLINHOS

“Nós temos uma oposição em Ibiúna que, de certa forma, movida por uma ânsia fiscalizadora do Poder Executivo, está emperrando algumas coisas”, afirmou hoje (15) à vitrine online o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Roberto Marques Júnior (PT). Momentos antes, ele havia ocupado a tribuna da Casa, quando fez um enfático pronunciamento criticando esse tipo de atitude que em nada ajuda o município, especialmente neste inicio de mandato, em que o governo procura se organizar e planejar o futuro.

“A Administração já não está na velocidade que deveria andar, porque o prefeito pegou a prefeitura com muitos e graves problemas, aí recebe um excesso de requerimentos solicitando informações que têm prazo para resposta (15 dias), sob uma das penas até a cassação do prefeito, por não ter respondido no prazo previsto”, avalia Carlinhos. E mais:

“Aí você tem uma sessão em que o mesmo grupo de vereadores apresenta mais de quinze requerimentos pedindo informações, algumas até banais, isso deixa de ter uma motivação fiscalizadora e passa a ter uma motivação política.”

Um desses requerimentos envolve a licitação para aluguel de máquinas e equipamentos para melhoria das estradas, que teve o acompanhamento dos mesmos vereadores. “Isso prejudica a administração, embora falem que estão do lado do povo, mas, na verdade, não estão.”, observa o presidente da Câmara Municipal.

“Hoje apresentaram um requerimento pedindo informações sobe o que a prefeitura está fazendo em relação às irregularidades da administração passada. Acho isso legal porque a prefeitura precisa se livrar do fardo herdado para poder avançar”, afirma Carlinhos.

Também foi encaminhado requerimento para obter informações sobre o paradeiro de mais de dez máquinas e equipamentos locados pela prefeitura recentemente e que estão no campo, algumas em bairros distantes, trabalhando na melhoria das estradas. “Ora, querem que as máquinas estejam na garagem. Pensaram nas consequências práticas de recolher as máquinas na garagem todos os dias?, questiona Carlinhos, e finaliza:

“É importante que saibam que precisamos de bom senso e procurar ajudar e não atrapalhar a administração, que está precisando da nossa ajuda para que consiga estar preparada para atender às verdadeiras demandas do povo.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.