EDUCAÇÃO É UM VADE RETRU CONTRA TODAS AS FORMAS DE PRECONCEITO

Preconceito, já que vitrine online noticiou ontem (1º) um episódio da qual foi vítima uma senhora ibiunense, negra, cinquentenária, voltamos hoje ao assunto por considerá-lo uma “doença” social dentro dos mais variados comportamentos humanos.

Primeiro é relevante saber que preconceito é fruto da ignorância que, por sua vez, é um estado de quem não tem conhecimento, cultura, por falta de educação, experiência ou prática na arte da convivência. Trata-se de uma atitude execrável e criminosa.

Há uma abundância deles, entre os quais relatamos aqui: sexual, gênero, raça, crenças, valores, classe social, idade, deficiência, obesidade, religião, linguagem, nacionalidade, beleza, ocupação, educação, criminalidade, entre tantos outros.

Para se livrar deles, é preciso ter conhecimentos profundos sobre si mesmo e encontrar os motivos escondidos e não percebidos do que movem o preconceito, e não adianta dizer que não tem preconceito se o ignoramos dentro de nossa alma.

Um dos maiores físicos da história, Albert Einstein, brindou a humanidade com uma reflexão vista a partir dos seus conhecimentos científicos: “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.”

“Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância e qualquer atividade cultural contra preconceito é válida.” Paulo Autran, célebre ator brasileiro.

Nelson Mandela, prisioneiro por décadas e depois eleito presidente da África do Sul, escarafunchou a questão em torno da aprendizagem: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou, ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinados a amar.”

“Preconceito é opinião sem razão”. Voltaire, filósofo

Aline Saab: “Onde há amor, não há espaço para preconceito.”

“Eu amo ser negra, meus pais trabalharam minha autoestima para eu me sentir bonita, preparada e inteligente.” Taís Araújo, atriz.

A apresentadora da TV Globo, Maria Júlia Coutinho, a Maju, declarou: “Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa”, numa alusão a uma frase conhecida de Ibrahim Sued; ele foi jornalista, apresentador de televisão, crítico e colunista social brasileiro.

Sued, que era bajulado pela alta sociedade carioca da época, pois aparecer em sua coluna numa simples nota significava sinal de prestígio social, talvez nos tenha ensinado que a opinião dos outros sobre nós é apenas a opinião dos outros e não diz respeito ao que somos verdadeiramente. Portanto, vade retru preconceito. A expressão latina significa manter longe de você toda maldade. Foi muito usada na Idade Média na prática do exorcismo. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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