IBIÚNA – “VIVEMOS UM PERÍODO OBSCURO QUE ASSOMBRA NOSSOS SONHOS”
Vitrine online publicou ontem (17) o sentimento de um jovem ibiunense que parece refletir um estado de ânimo desolador: “Deus, não permita que a situação fique ainda pior do que se encontra.”
Entre os comentários manifestados pelos leitores surgiu uma que merece destaque: “Vivemos um período obscuro que assombra nossos sonhos”.
De fato, a população parece mesmo assombrada com a quantidade e variedade de notícias ruins, envolvendo a administração pública municipal, sobretudo pela falta de ações eficazes para resolver problemas graves, especialmente nos setores da saúde pública, coleta de lixos e infinitos buracos nas estradas.
Na noite da última segunda-feira (13), o único hospital existente no município suspendeu o atendimento no plantão noturno por algumas horas por falta de médicos. A porta da recepção permaneceu fechada por cerca de três horas. Os pacientes que já se encontravam no interior do hospital estariam sendo atendidos por enfermeiras.
Se nesse período tivesse ocorrido algum caso grave a possibilidade de risco aos pacientes. Nesse caso, o Samu orientou os seus profissionais para que transferissem os pacientes para São Roque e Piedade. Posteriormente, os atendimentos foram retomados e, segundo nota da Prefeitura, encontram-se normalizados.
Essa notícia se espalhou rapidamente por meio das redes sociais e por meio da imprensa. O jornal Cruzeiro do Sul e a SBT em Sorocaba noticiaram o fato, sobretudo considerando a gravidade da situação.
A empresa contratada por licitação alegou que os médicos designados não compareceram por falta de pagamento, e informou que a Prefeitura havia lhe devia cerca de R$ 2 milhões por serviços prestados por médicos e enfermeiros.
Na realidade não é de hoje que uma das maiores causas do problema é encontrar médicos que queiram atender no hospital de Ibiúna pela “fama” de atrasos de pagamentos. “Os médicos procuram trabalhar onde são pagos”, disse um empresário a vitrine online.
É oportuno assinalar que os profissionais que atuam no hospital, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem “fazem das tripas, coração”, procurando proporcionar o melhor atendimento possível, dentro das recursos disponíveis, mas não podem fazer milagres.
Segundo apuramos, a empresa de Renato Nogueira, que já atuou como secretário municipal da Saúde em 2012, foi contratada para fazer a gestão dos serviços e, esperamos, que sejam feitas correções de fundo, pois a população não pode prosseguir a se submeter a ações ineficientes e desumanas.
Vitrine online tentou obter esclarecimento oficial com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, mas não obteve informação, somente a promessa de que receberíamos a resposta na segunda-feira. Da mesma forma, procurou ouvir Renato Nogueira, que não atendeu às chamadas telefônicas. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)