SITUAÇÃO DA ITUPARARANGA PÕE REGIÃO SOROCABA EM “ESTADO DE ALERTA”
De acordo com a Lei de Bases de Proteção Civil existem três estados diante de ameaças à vida da população: de alerta, de contingência e de calamidade.
Na última segunda-feira (27), em uma reunião capitaneada pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Podemos), com a participação de dez prefeitos da Região Metropolitana de Sorocaba assinaram um decreto de estado de alerta em decorrência da crise hídrica que afeta toda a região e tem como epicentro a represa Itupararanga.
Na prática, o estado de alerta significa que os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança estão em “prontidão” e, não custa dizer, tomara que a população calculada em 2 milhões de pessoas não venha a pagar o preço altíssimo da drástica falta de água já a partir de novembro.
Como se sabe não basta assinar um papel coletivo para que a natureza se dobre à vontade dos homens. É preciso ação inteligente para, no mínimo, evitar os males maiores: as torneiras secas.
Assinaram o documento os prefeitos de Sorocaba, Ibiúna, São Roque, Alumínio, Mairinque, Votorantim, Cerquilho, Salto e Piedade. Laranjal Paulista, embora não pertença a RMS também assinou o decreto.
Em síntese, o decreto pede que os moradores das cidades da RMS passem a economizar água. O objetivo é que o estado de alerta seja avaliado a cada 15 dias para analisar a situação de crise hídrica que afeta as cidades da RMS, sendo que algumas cidades como Salto e Itu já estão aplicando o racionamento de água, por conta da falta de chuvas.
O volume útil da represa de Itupararanga está em queda livre há meses e bem próximo de atingir o volume morto, limite mínimo para que a água pode ser destinada ao abastecimento público. A Votorantim Energia que também participou da reunião informou que o volume útil da represa está em 23,76%.
O prefeito de Sorocaba, para surpresa de especialistas ouvidos por vitrine online, neste momento, declarou que ainda está descartado na cidade o início de rodízio ou racionamento de água. Mas, segundo disse, essa a medida poderá ser adotada a qualquer momento se o nível do volume útil da represa de Itupararanga cair ainda mais e se as chuvas não acontecerem já a partir de outubro.
Vitrine online ouviu hoje (28) um especialista e profundo conhecedor da situação da Itupararanga. Ao contrário da expectativa da autoridade sorocabana de que ainda há água para abastecer a população por 100 dias, ou seja, pouco mais de três meses, apuramos que se o comitê da Bacia Hidrográfica Sorocaba e Médio Tietê não concordar com a redução para baixo da cota 817,5 a falta de água na região poderá ocorrer já no mês de novembro.
PROTESTO
Neste domingo (3) haverá um protesto público contra a destruição da represa Itupararanga das 9 às 16 horas na margem no Parque Ecológico Itupararanga localizado no km 8 da Estrada da Cachoeira, no bairro da Cachoeira, com passeio de standup e caiaque, que conta com apoio de vitrine online e dezenas de patrocinadores e outros apoiadores.
Na ocasião haverá palestra sobre a situação da represa, entrevista à imprensa local e regional, dentro da temática “Remada pela vida de Itupararanga”.