UM AMOR INFINITO
Eles se casaram e foram felizes para sempre! Quantas pessoas no mundo viveram, como no the end de muitos filmes, esse desejo utópico em suas quimeras? Na vida real as histórias são bem diferentes e as pessoas vividas sabem como todas elas terminam…no absurdo cenário existencial.
Mas quem disse que não pode haver exceção? É possível que haja entre um homem e uma mulher um amor infinito e tão fascinante quanto o esplendor da luz que nos revela as cores do mundo.
Atenção mulheres e homens atentos e sensíveis! Pois houve um homem e uma mulher que foram muito além na encantadora cumplicidade do que o amor humano é possível.
Quem quiser saber do que se trata e compartilhar os mais nobres sentimentos de que a alma humana pode experimentar precisa ler Carta a D. – História de Amor, escrita pelo filósofo, escritor e jornalista André Gorz [esse é seu pseudônimo] para sua eterna amada. Duas pessoas lindas!
Em 71 páginas bem escritas, fáceis de ler [li duas vezes no mesmo dia], o leitor será envolvido e terá seus olhos magnetizados pela força da narrativa
Reproduzo aqui como a carta começa, mas jamais revelaria o seu fim que asseguro como direito do leitor de vivê-lo totalmente a seu modo e singularidade, como o fiz:
“Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca.”
Talvez não faça diferença alguma citar que Gorz tenha sido um dos mais importantes intelectuais de sua geração porque o que importa, e acreditamos que ele concordaria com essa ressalva, é o amor, sentimento capaz de nos tornar sublimes diante de uma existência à qual algumas vezes pode faltar sentido.
A história real de ambos termina no dia 22 de setembro de 2007, como proclama Ecléa Bosi, psicóloga, professora e escritora brasileira, em sua bela apresentação de a Carta a D.
Como se costuma dizer, nesse dia surgiram duas novas estrelas a brilhar no no céu. (C.R.)
P.S.: assinam a edição do livro Annablume/Cosac Naify, com tradução de Celso Azzan Jr e posfácio de Josué Pereira da Silva, professor de sociologia da Unicamp.