CVV FAZ 3 MILHÕES DE ATENDIMENTOS ANUAIS

O CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.

A instituição é associada ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação para a implantação de uma linha gratuita nacional de prevenção do suicídio.

A linha 188 começou a funcionar no Rio Grande do Sul e, em setembro de 2017, iniciou sua expansão para todo o Brasil, que será concluída em 30/06/2018, com a integração de todos os estados.

Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação),  pessoalmente (nos mais de 120 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e  e-mail. Nestes canais, são realizados mais de 3 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 4000 voluntários, localizados em 24 estados mais o Distrito Federal.

Além dos atendimentos, o CVV desenvolve, em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo. A instituição também mantém o Hospital Francisca Julia que atende pessoas com transtornos mentais e dependência química em São José dos Campos-SP.

QUESTÃO COMPLEXA

Suicídio é uma questão de saúde tão complexa que até mesmo para noticiar fatos, por parte dos meios de comunicação, exige muita cautela, a fim de evitar o “efeito contágio”.

Exatamente com o objetivo de orientar profissionais e veículos de comunicação, assim como os cidadãos de maneira geral, CVV, SUS e Ministério da Saude produziram uma cartilha intitulada “Saber, Agir e Prevenir”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde por ano 800 mil pessoas morrem no mundo por suicídio, entre elas, de modo mais preocupante envolvendo adolescentes, sobretudo do sexo masculino, com sérias consequências emocionais, sociais e econômicas.

As entidades que assinam a cartilha orientam formas “corretas”, responsáveis e éticas para noticiar o assunto evitar o “efeito contágio”, quando uma notícia desencadeia outras mortes.

Entre mais de uma dezena de orientações objetivas [há até mesmo modelos de notícias sugeridos], figuram: “não dê destaque à notícia”, “não publique fotos”, “não usar a palavra suicídio no título”

EM IBIÚNA

Preventivamente, os ibiunenses contam com serviços especializados em saúde mental no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial localizado na rua Álvaro Leme, 271, bairro do Capim Azedo – telefone (15) 3248-3022.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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