IBIÚNA – PREFEITURA INICIA COBRANÇA DE ZONA AZUL NA SEGUNDA-FEIRA

A partir do dia 10 de junho, segunda-feira próxima, a Prefeitura de Ibiúna inicia a cobrança de zona azul (estacionamento rotativo nas ruas centrais da cidade), por meio da Park Gold, empresa com sede em Franco da Rocha.

Ontem (3), vitrine online solicitou informações sobre essa medida ao Executivo por meio da Assessoria de Imprensa, mas até o momento em que esse texto era concluído não havia recebido nenhum retorno.

Pelo menos duas faixas foram afixadas na rua Pinduca Soares em que a empresa informa que “Estacionar em Ibiúna agora ficou fácil”.

Embora isso tenha que ser comprovado na prática e possa não corresponder com a realidade, pessoas ouvidas por vitrine online disseram concordar com a medida como uma forma de garantir espaço para que os clientes das lojas possam estacionar em frente às suas portas.

QUANTO VAI CUSTAR

As tarifas a serem cobradas dos carros serão respectivamene R$ 2,30 por uma hora e R$ 4,60 por duas horas. Motos pagarão R$ 1,00 por hora e R$ 2,00 por duas horas.

Caso os proprietários dos veículos ultrapassem o limite máximo de 2 horas, terão que “regularizar” o estacionamento. No caso de não regularizarem, será cobrado o valor equivalente a 10 horas de estacionamento, ou seja, R$ 25,30.

O usuário terá até três dias úteis para quitar a tarifa de regularização, a fim de que não sofra um auto de infração emitido pela GCM por “estacionamento em desacordo com a lei”.

Os usuários poderão baixar um aplicativo para efetuar o pagamento por crédito, débito ou Pix.

A Gold Park também informa, por meio de um folheto, que “ao estacionar, estando o débito automático habilitado, os monitores farão o procedimento. Caso prefira ativar o ticket a fim de monitorar a tolerância não esquecer de acionar o aplicativo”.

As pessoas que estacionam de modo eventual, poderão entrar em contato com os monitores para que forneçam tickets avulsos.

CONFLITO COM A CÂMARA

Outra empresa – Serbet – Sistema de Estacionamento de Veículos do Brasil Ltda., com sede em Joinville, no estado de Santa Catarina, contratada pelo governo do ex-prefeito Fábio Bello (atual secretário de Desenvolvimento Urbano), iniciara o serviço de estacionamento rotativo nas ruas centrais de Ibiúna a um custo de R$ 1,50 a hora no dia 21 de dezembro de 2015 e atuou até cerca de dois anos atrás.

Na ocasião, houve uma divergência entre a Câmara Municipal e a Prefeitura, com o argumento de que a licitação havia sido feita sem a aprovação prévia dos vereadores como exige a Lei Orgânica do Município.

Edis da base aliada do governo no entanto aprovaram a medida em regime de urgência. Assim, o Projeto de Lei nº 341/2016 encaminhado pelo prefeito Fábio Bello, não apenas autorizou a prefeitura a licitar esse serviço mas, especialmente, retroagir “seus efeitos a partir do dia 8 de dezembro de 2015”, mês em que foi contratada a empresa Serbet para realizar essa atividade em diversas ruas do centro.

PROCESSO CONTRA A PREFEITURA

A Serbet, no entanto, sob o argumento de que a Prefeitura havia descumprido termos contratuais, paralisou os serviços e abriu um processo contra o Executivo ibiunense.

A Justiça julgou o processo e o contrato entre a empresa e a Prefeitura foi rescindido.

No ano passado, quando entrevistamos um dos advogados da Serbet para a TVUNA, falava-se que o valor de uma provável multa poderia girar em torno dos R$ 4 milhões.

No entanto, o valor real do pedido de indenização será definido pela Justiça, com base em levantamento pericial.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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