“ATUAÇÃO DO MPT-SP EM IBIÚNA FOI POSITIVA”, DIZ SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS

 “A atuação do MPT-SP – Ministério Público do Trabalho de São Paulo realizada ontem (23) em propriedades agrícolas, para fiscalizar denúncias de trabalho análogo à escravidão, foi positiva.”

A avaliação é do presidente Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibiúna, Francisco Edivan Pereira. Ele disse que a notícia causou notável impacto no setor. “Contadores de diversas empresas ligaram para o nosso sindicato para saberem o que estava acontecendo.”

[Saiba mais na notícia “MPT-SP FLAGRA TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO EM IBIÚNA, na vitrine online]

Pereira disse ainda que a intervenção do MPT-SP contribui decisivamente para “impedir a ação do ‘gato’, que é um intermediário de mão de obra que contrata trabalhadores para fazendas ou propriedades rurais, cometendo abusos alarmantes de recrutar internos em clínica de recuperação de dependentes químicos”.

Além disso, “é importante para conscientizar os trabalhadores rurais, pessoas simples, de que estão sendo explorados irregularmente.”

“Como o município de Ibiúna é gigantesco e a maioria dos trabalhadores têm medo de fazer denúncias para não sofrerem algum tipo de represália, a atuação do MPT-SP acaba sendo  exemplar.”

GRANDE PROBLEMA

Pereira recordou que em 1993, quando o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibiúna foi criado, mesmo com a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho em vigor, apenas 5% dos trabalhadores rurais eram contratados com registro em carteira.

“Hoje a situação irregular continua preocupante, mas o MPT-SP voltará a fazer fiscalizações-surpresa e nós, como fizemos ontem, vamos acompanhar e apoiar essa ação em defesa do trabalhador rural”.  

EXPLORAÇÃO DE VULNERÁVEIS

Adriana Angélica Santos publicou, entre outros comentáriois de leitores: “É o que mais tem em Ibiúna! Infelizmente não tem fiscalização pra isso, mas exisem muitos empregadores que se aproveitam da vulnerabilidade do outro e oferecem um barraco como moradia e pagam salário que mal dá pra pessoa se mater.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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