SKY BATE VIVO E TELEFÔNICA EM RECLAMAÇÕES NO PROCON DE IBIÚNA

sky reclamaçãoA Sky Serviços Ltda., empresa prestação de serviços na área televisiva, ultrapassou, em junho último, a Vivo e a Telefônica em número de reclamações feitas pelos assinantes no município de Ibiúna, segundo revelou hoje (7) à vitrine online a Coordenadoria  Municipal de Defesa do Consumidor – Procon Ibiúna. A postura negligente da Sky chegou a tal ponto que nem mesmo o Procon consegue ser atendido pela empresa para resolver os problemas dos consumidores dessa modalidade de serviço.

Por isso mesmo, o Procon, que atua no campo administrativo, orienta aqueles que pretendem ser ressarcidos financeiramente a procurarem o Juizado Especial Civil (JEC), um serviço jurídico público gratuito de pequenas causas, que funciona na sobreloja do Banco do Brasil, no centro de Ibiúna [telefone 15 3248-2242]. Quem já precisou contar com o JEC sabe que é bem atendido e que atua efetivamente.

O Procon, além de tomar medidas administrativas em defesa do consumidor também orienta as pessoas como agir caso se sintam prejudicadas por uma empresa pública ou privada, fornecedora de produtos ou de serviços. O escritório do Procon fica na praça Marechal Deodoro, 147, centro, e seus telefones são 15 3248-2523 e 15 3248-3783.

Dá para acreditar?

Dona Célia Moura fez uma assinatura da Sky em 2011, no ponto de venda do Supermercado Ibiúna. Preço da assinatura mensal light por R$ 120,90, com desconto R$ 110,90, porque o pagamento é feito pelo cartão de crédito. Tudo vinha bem até o mês de maio, quando uma moça representante da Sky [atenção cuidado: você jamais volta a encontrar com quem lhe vendeu o serviço depois da venda] fez a seguinte oferta: “A senhora pode contar com os mesmos serviços pagando somente R$ 79,90, com os mesmos canais e ainda lhe oferecemos um ponto a mais na casa, sem nenhuma despesa adicional.”

Nessas condições, a senhora Célia aceitou a proposta, mal sabendo o que a aguardava. No dia 27 de junho veio o instalador. Ele teve que trocar a ponta da antena, pois considerou a que estava instalada desde 2011 muito fraca, instalou um novo aparelho e um novo ponto em um quarto.

Em seguida veio o presente surpresa da Sky: a assinatura feita em 2011 que deveria ser automaticamente cancelada, pois não há necessidade de duas assinatura, já que se trata da mesma residência, continua a ser cobrada. Ou seja agora a consumidora é duas vezes assinante, contra a sua vontade, da Sky e tem que pagar também R$ 50,00 de taxa de instalação. Resumindo a ópera: em vez de apenas ter que pagar R$ 79,90, como fora acordado com a vendedora da Sky, segundo a empresa tem que pagar também pela assinatura antiga R$ 110,90 + R$ 79,90 ou seja um total de R$ 240,80.

Fora esse “desrespeito com um cliente”, agora está em andamento um crônico estresse. Dona Célia fez dezenas de ligações telefônicas, anotou diversos protocolos, mas nenhum atendente resolve seu problema que se resume em cancelar a assinatura antiga, assim como a taxa de instalação do ponto adicional. Cada hora é um atendente diferente, uma conversa diferente e até promessas vãs de que o problema será resolvido. “A Sky é uma babel e nós é que pagamos a conta”, afirmou a cliente.

Se o problema não for resolvido nos próximos dias – o que é pouco provável, considerando que até mesmo o Procon de Ibiúna não vem sendo atendido pela Sky -, haverá mais um processo dando entrada na JEC.

“Não resolve”

A funcionária do Procon Ibiúna, que faz os levantamentos de reclamações mês a mês, afirmou que “a Sky está terrível, não resolve nada, e as maiores queixas são relativas à assinatura  Sky livre”.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.